A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta sexta-feira (18/11), a Operação Alvará Criminoso, que prendeu quatro advogados acusados de envolvimento em crimes de estelionato majorado, organização criminosa, lavagem de capitais e violação de sigilo funcional. Ainda foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão e mais 8 mandados de prisão preventiva.
Segundo as investigações, o esquema fraudulento falsificava alvarás judiciais para que integrantes do grupo conseguissem acessar contas bancárias e subtrair os valores que se encontravam depositados ali.
Após a troca de informações entre a Divisão de Inteligência Institucional do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e o Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes, foi deflagrada a operação para cumprimento de 39 medidas cautelares.
As medidas foram expedidas pela Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores do Estado.
Advogados são presos por falsificação de alvarás judiciais
De acordo com a polícia, a participação dos advogados consistia em dar acesso ao sistema do Tribunal de Justiça ao grupo. Em seguida, os próprios advogados assinavam documentos, que permitia o grupo sacar dinheiro de contas judiciais. No entanto, quem pode assinar tais documentos são somente juízes de direito.
Os quatro advogados foram presos preventivamente, suspeitos de se associarem aos demais, causando prejuízos de cerca de R$ 31 milhões.