Foi desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) um teste rápido e mais barato que visa a detecção da varíola dos macacos. Através dele será possível identificar a enfermidade ainda no início.
De acordo com a UFG, a realização e análise do resultado não necessitam o uso de equipamentos sofisticados, sendo necessário apenas aparelhos comuns em laboratórios.
Todos os materiais para o desenvolvimento da pesquisa são de origem nacional, fazendo com que o custo com os reagentes seja de apenas R$ 3 por exame realizado.
A responsabilidade pelo desenvolvimento do teste é do Instituto de Química da UFG, que explica que para detectar o DNA do vírus da varíola dos macacos foram usados cinco reagentes, que após serem aquecidos por 40 minutos a 62ºC mostra o resultado.
Para analisar o resultado obtido é preciso analisar a cor do líquido no tubo de ensaio. Se ficar vermelha, o resultado é negativo para a doença e no caso da cor amarelo, é positivo.
Teste rápido para a varíola dos macacos
A técnica usada no exame já existia, porém foi adaptada para a identificação do vírus da varíola dos macacos. A decisão de desenvolver um teste mais rápido e barato veio após o significativo aumento da doença, em Goiás.
Os pesquisadores ressaltam que poucos laboratórios, no Brasil, são capazes de fazer a identificação da doença. Em alguns laboratórios, o resultado do exame para a detecção da varíola pode demorar até 15 dias para ficar pronto.
A equipe que desenvolveu e adaptou o teste ressalta que um resultado mais rápido é de suma importância para conter a disseminação do vírus, uma vez que o paciente precisa ser isolado.
Atualmente o projeto se encontra na preparação para a última etapa de desenvolvimento, que consiste na aplicação da técnica em uma quantidade maior de amostras.
“Estamos no início do aumento de casos e estamos no deparando com um cenário em que há falta de testes ou o tempo para se realizar os testes é demorado. Então, uma técnica alternativa ao padrão ouro, que é o PCR, mais simples, mas rápido, mais barato, pode corroborar para tornar o teste mais acessível à população”, explica o pesquisador Paulo Felipe Estrela.