Foi inocentado por júri popular nesta quinta-feira (4/8), o jovem acusado de ajudar a namorada a matar a amiga, Emanuelle Batista, de 14 anos, com 35 facadas, em Rio Verde, região sudoeste de Goiás. O crime aconteceu em março de 2020. Na época, a Polícia Civil disse que ele teria assistido a namorada cometer o crime e queimar o corpo.
O jovem era acusado pelos crimes de homicídio, corrupção de menores e destruição de cadáver, mas o júri entendeu que ele não participou do assassinato e o absolveu.
“Após os debates, o Conselho de Sentença passou à votação dos quesitos, ocasião em que reconheceu a materialidade das lesões sofridas pela vítima e sua consequente letalidade, não atribuindo a autoria do delito ao réu”, alegaram os jurados.
Com a absolvição, o jovem que estava preso desde março de 2020, deve deixar a prisão, conforme determinou o juiz Ronny André Wachtel.
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Adolescente confessou matar a amiga com 35 facadas
À época do crime, a adolescente de 15 anos confessou ter matado a amiga. As duas tinham brigas em redes sociais e essa seria a motivação do crime.
Agora, o processo contra ela segue em segredo de justiça, por isso, não há informações sobre o julgamento dela.
Relembre o caso
No dia 16 de janeiro de 2020, o corpo de Emanuelle, de 14 anos, foi encontrado em um matagal próximo a uma praça no Residencial Veneza, em Rio Verde.
Emanuelle estava desaparecida desde o dia 14 de janeiro, quando avisou à família que ia ao bairro Popular, mas não foi mais vista. Logo depois, familiares mobilizaram as redes sociais para achar a menina.
Depois que o corpo foi encontrado, parentes foram ao Instituto Médico Legal (IML) e reconheceram o corpo de Emanuelle, que passou por exame de DNA e teve a identidade confirmada.
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Emboscada
A adolescente acusada de cometer o crime foi identificada com o auxílio de câmeras de segurança de um estabelecimento comercial. As imagens mostram as garotas em direção a um matagal, onde o corpo foi encontrado.
Em relatos à polícia, a adolescente contou que atraiu Emanuelle para uma emboscada prometendo dividirem e venderem uma falsa quantidade de droga enterrada no matagal.
Depois que atraiu Emanuelle para o local, a adolescente a golpeou com 35 golpes de faca, com ferimentos nas costas, pescoço, tórax e outros membros.
No dia seguinte, a adolescente teria retornado ao local do crime para queimar o corpo e apagar vestígios, como digitais no corpo da vítima. A arma do crime foi encontrada enterrada no quintal da casa onde a adolescente morava.
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