A filha policial civil aposentado, morto na última segunda-feira (27/6), e então namorada do assassino do pai, prestou depoimento à Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta segunda-feira (4/7), em Aparecida de Goiânia. O suspeito do crime segue preso.
De acordo com informações divulgadas pela corporação policial, em depoimento, a jovem disse que vivia em uma dependência emocional do investigado, mesmo diante das agressões e humilhações desferidas contra ela.
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A defesa do rapaz, por outro lado, alega que não houve agressões do suspeito contra a mulher. Outro ponto alegado pela defesa é que o assassinato teria sido cometido durante um momento de “fúria”, causado por um “relacionamento desgastante” vivido ao lado da moça.
Tendo como base as alegações da defesa do suspeito, a ex-namorada e filha da vítima, relata que não tem conseguido nem mesmo vivenciar o seu luto, decorrente da morte do pai.
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“Estou tendo que me defender de uma coisa que não precisaria me defender. Não tenho que me explicar de uma coisa que a culpa é dele. É torturante”, afirma a jovem.
A delegada responsável por investigar as acusações de ameaça, feitas pelo investigado em desfavor da ex-namorada, relata que a mulher contou sobre as agressões físicas e humilhações sofridas durante o período em que o casal esteve junto.
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“Percebe-se a dependência emocional da vítima [ex-namorada]. Ela relata que não conseguia sair da relação. Hoje ela acredita que estava doente. Ela contou que ele chegou a apontar arma para ela na frente do filho e ela continuava na relação”, comentou a delegada.
O depoimento da moça, segundo a responsável pelo caso, era essencial para determinar alguns parâmetros da relação entre a filha da vítima e do suspeito de assassinar o sogro.
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Registro do boletim de ocorrência por ameaça
Devido às ameaças desferidas contra a filha, o sogro do investigado registrou um boletim de ocorrência em desfavor do rapaz. As investigações apontaram que o suspeito foi até a farmácia, onde o crime aconteceu, para tirar satisfação com o policial civil aposentado.
No local, o suspeito atirou várias vezes contra o sogro. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
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O homicídio aconteceu no último dia 27 de junho e toda ação do suspeito foi gravada por câmeras de monitoramento interno da farmácia, onde o idoso era sócio.
Após o assassinato, o suspeito fugiu do local, sendo preso dois dias depois do crime. O investigado passou por audiência de custódia, onde a justiça de Goiás optou por manter a prisão preventiva do rapaz.