A mãe do jovem filmado matando sogro, em uma farmácia de Goiânia, disse que a filha da vítima e então namorada do filho, “induziu” que o rapaz agisse de maneira violenta.
A genitora disse que o filho tem “transtorno”, sem especificar qual seria, e que isso acabou contribuindo para que ele cometesse o assassinato.
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“Eu não estou falando aqui que meu filho está certo em tirar uma vida, mas eu estou aqui para falar que ela [namorada] induziu ele aos nervos. Ela ficava ligando, perturbando o tempo todo”, afirmou a mulher.
Em depoimento prestado à Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito confessou o crime, dizendo que o fato do sogro ter aberto um boletim de ocorrência contra ele, após ameaças contra a namorada, foi o que motivou a ação.
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De acordo com a corporação policial, o jovem acreditava que isso poderia atrapalhar o seu objetivo de ingressar na Policia Militar de Goiás (PMGO).
A mulher contou que o filho fez acompanhamento dos 5 aos 14 anos, entretanto não especificou para o tratamento de que tipo de doença, completando que o tratamento foi interrompido por contra própria e que os laudos foram jogados fora.
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“É uma tragédia, ninguém está feliz com isso, mas tem esse outro lado, que teve o surto do meu filho”, disse a mãe do investigado.
A genitora afirmou também que o filho sempre demonstrou a vontade de se entregar espontaneamente, ao invés de ser preso. Vale lembrar que o jovem foi encontrado e detido pela PCGO na casa de parentes, após cerca de 60 horas de buscas.
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Discussão
O investigado e a namorada, que era filha da vítima, tiveram uma discussão no sábado (25/6). Conforme informado pela polícia, na ocisão o jovem teria ameaçado a moça e feito um disparo para o alto. Isso fez com que o sogro fosse à delegacia registrar um boletim de ocorrência.
Apesar do suspeito ter confirmado os fatos, a mãe dele afirmou que o filho estava sendo mantido preso na casa da namorada. Segundo ela, o rapaz começou a receber mensagens do patrão, precisava ir embora, mas a namorada pegou a chave e não deixou que ele saísse.
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O advogado de defesa do investigado afirma que tudo aconteceu durante um “surto psicótico”, dizendo inclusive que não precisa ser expert” para saber que se tratava realmente de um surto.
“Ninguém com 1% de discernimento comete um crime daquela maneira. Ele [investigado] estava se sentindo injustiçado, ele não ameaçou ela”, reforçou a defesa.