A namorada do jovem que matou o sogro dentro de uma farmácia, em Goiânia, revelou mensagens que o suspeito enviou para ela, via celular, poucos minutos depois de matar o pai dela. A vítima fatal era um policial civil aposentado, de 63 anos.
O suspeito foi preso na noite desta quarta-feira (29/6), já o crime aconteceu nesta segunda-feira (27/6). Segundo a filha da vítima e então namorada do assassino, no dia do crime ele entrou em contato com ela, via mensagem, e estava bastante alterado.
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Na conversa, a jovem oferece ajuda ao homem, chegando inclusive a implorar. Todavia, como resposta recebeu um print do boletim de ocorrência registrado pela vítima. O suspeito fez ameaças e, ao final da conversa, confirma a morte do policial aposentado.
“Matei seu pai. Falei para não acabar com a minha carreira”, escreveu o rapaz.
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De acordo com informações do delegado responsável pelo caso, o boletim de ocorrência registrado poderia acabar prejudicando o possível ingresso do rapaz na Polícia Militar de Goiás (PMGO) e isso teria motivado o crime.
A prisão do suspeito aconteceu na quarta-feira (29) enquanto tentava se esconder da polícia na casa de parentes. Na ocasião o homem gritou. por diversas vezes, que o sonho de ser policial havia chegado ao fim.
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A filha da vítima revela que tem medo que o ex-namorado saía da prisão, uma vez que é direito do suspeito tentar uma decisão de soltura, através de um pedido de habeas corpus.
Se isso acontecer, o rapaz tem o direito aguardar a finalização do inquérito e o julgamento em liberdade. Sobre isso a jovem alega que “ele vai ficar solto e eu vou ficar presa. Todo mundo viu a raiva que ele estava, o ódio no olhar dele. Ele não expressava arrependimento”.
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O namoro do casal durou um ano. Segundo a jovem, o início do relacionamento foi tranquilo. Todavia, alguns meses depois, o homem teria mudado e se mostrado uma pessoa bastante agressiva.
A moça conta que apesar dos xingamentos e agressões, ela nunca achou que o namorado seria capaz de matar alguém. “Em qualquer lugar que fosse, ele começava a me humilhar, puxar pelo braço e era abusivo”, disse ela.
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Ligações
Ainda de acordo com o delegado, após cometer o crime, o suspeito fez, pelo menos duas ligações. A primeira avisando a namorado que havia matado o pai dela e a segunda para o policial militar responsável por acessar o boletim de ocorrência contra o jovem.
O responsável pelas investigações destaca que o policial não tinha conhecimento sobre as intenções do suspeito, ficando até surpreso quando recebeu a ligação e soube do homicídio.
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O soldado que acessou o boletim e repassou as informações se apresentou espontaneamente à delegacia e afirmou ter enviado o documento para o investigados, dizendo ainda que tinha uma relação de amizade com o suspeito e não sabia qual a finalidade do boletim.
Segundo o delegado, o policial militar pode responder por crime de violação de sigilo funcional, bem como na corregedoria da Polícia Militar.
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Sempre armado
A Polícia Civil constatou que o suspeito de assassinar o sogro possui registro de atirador esportivo, podendo usar a arma apenas em situações específicas. Entretanto, testemunhas disseram que ele se apresentava como policial, que sempre andava armado, e realizava disparos.