A Policia Civil de Goiás (PCGO) indiciou os dois motoristas envolvidos em um racha, na Avenida T-9, em Goiânia, que vitimou duas pessoas no último dia 7 de maio.
Os condutores foram indiciados por homicídio doloso, qualificado por motivo fútil, no caso das mortes e por tentativa de homicídio qualificado, com eventual dolo contra os outros ocupantes dos veículos.
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O delegado responsável pelas investigações reiteram que as apurações confirmaram que durante o racha, os veículos podem ter chegado à velocidade de 180 km/h.
Relembre o caso
O acidente aconteceu madrugada do último dia 7 de maio, quando nove jovens saíram de uma boate, localizada no Setor Marista. As vítimas se dividiram em dois carros, sendo eles uma Hylux e uma BWM.
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De acordo com a Polícia Civil, um radar instalado na Avenida T-9 registrou os automóveis a uma velocidade de 123 km/h. O acidente aconteceu a menos de 3km de distância da boate.
Com o capotamento, uma adolescente de 15 anos morreu no local. Já a outra vítima fatal, chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu e morreu alguns dias depois.
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Indiciamentos
O delegado que esteve à frente as investigações acrescentou também que a mãe do motorista da BMW responderá criminalmente por deixar uma pessoa não habilitada conduzir o veículo.
Em depoimento prestado à corporação policial, ela disse desconhecer o fato do filho usar o carro dela. Entre as provas arquivadas, existem imagens do circuito de câmeras do onde eles moram que mostram a mulher como passageira do carro conduzido pelo filho.
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A PCGO indiciou também a pessoa responsável por ceder o documento para que a adolescente de 15 anos pudesse entrar na casa noturna, no dia do acidente. Neste caso, apesar da negativa da dona do documento, a prática era de conhecimento de outras pessoas.
Para finalizar os indiciamentos, o pai do motorista que conduzia a caminhonete também poderá ser responsabilizado judicialmente por tentar fraudar o local onde aconteceu o acidente.
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Segundo o delegado, o homem foi até o local e solicitou a equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) que retirassem o nome do filho do registro de ocorrência. Fato que foi negado pela corporação de resgate e informado ao responsável por investigar o caso.
Dentre os itens constatados em relação ao racha está o consumo de bebidas alcoólicas; excesso de velocidade e pedido de redução da velocidade por parte dos passageiros da caminhonete.
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Ao todo a equipe de investigação ouviu cerca de 20 pessoas, além de realizar perícias e diligências. De acordo com o delegado, o dolo eventual ficou provado e deverá remeter ao inquérito para a Justiça nos próximos dias. A prisão dos jovens não foi solicitada.