Quase dez anos após o homicídio do radialista esportivo Valério Luiz, os acusados do crime devem ir a júri popular nesta segunda-feira (14/3), em Goiânia. O julgamento será feito no auditório do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), no Setor Oeste.
O júri deve acontecer pela 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia. A sessão está prevista para começar às 8h, porém não há horário para ser finalizada.
Presidido pelo juiz Lourival Machado da Costa, o julgamento deve ter interrupções para que os participantes façam refeições. A previsão do TJ-GO é que sejam três dias de julgamento, que é formado por 30 testemunhas, sete jurados e cinco réus.
Desde a data do crime, em julho de 2012, o julgamento já foi adiado por duas vezes, uma vez por causa da pandemia da Covid-19. Além disso, também houve mudança no juiz responsável pelo caso e o processo foi desmembrado.
Acusados de matar Valério Luiz
O radialista Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho de 2012, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ele estava saindo do carro na porta da rádio onde trabalhava e foi baleado por um motociclista.
Em fevereiro de 2013, cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil suspeitas de envolvimento no crime. Entre elas estão o ex-presidente do Atlético-GO e atual vice do conselho de administração do time, o cartorário Maurício Borges Sampaio; Urbano de Carvalho Malta, funcionário de Sampaio; policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva; e o açogueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier. Em março do mesmo ano, os cinco foram acusados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) pelo mesmo crime.
Segundo a defesa de Urbano, Ademá e Djalma os clientes se declaram inocentes. A defesa de Marcus Vinícius informou que não vai se pronunciar. Já a defesa de Maurício Sampaio ainda não se pronunciou.
Julgamento
Em abril de 2019, o julgamento, até então presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, precisou ser adiado por o magistrado emitiu um despacho dizendo que não havia estrutura para realizar o júri do tamanho que o caso exige.
Em outubro do mesmo ano, o juiz resolveu desmembrar o julgamento para que fosse possível realizá-lo. Entretanto, dois meses depois, o juiz Jesseir Coelho decidiu deixar a presidência por motivos pessoais.
Em fevereiro de 2020 o caso foi assumido pelo juiz Lourival Machado da Costa, que agendou o júri popular para 23 de junho do mesmo ano. Entretanto, foi adiado por causa da pandemia de Covid-19. Em novembro do ano passado, o júri foi novamente remarcado para 14 de março de 2022.