Após passar por audiência de custódia, a justiça de Goiás determinou a soltura do dentista detido por importunar sexualmente uma paciente, durante uma consulta, em Aparecida de Goiânia. A audiência que determinou que o odontólogo fosse solto aconteceu nesta sexta-feira (4/3). A paciente relatou à polícia que o homem pegou nos seios dela durante o procedimento odontológico.
A vítima pediu que o dentista parasse e ele respondeu dizendo que encerraria com a importunação. Desta forma, assim que o aparelho que estava na boca da mulher foi retirado, a mesma deixou o consultório. A defesa do suspeito negou as acusações e afirmou que, caso o realmente haja uma denúncia, o profissional responderá em liberdade.
Sobre o caso, o Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) disse que o suspeito está com a inscrição ativa no conselho e que, para que possa se manifestar sobre o ocorrido, é necessário que seja feita uma denúncia formal junto ao órgão. A situação de assédio aconteceu no setor Garavelo, em uma clínica onde a vítima fazia um tratamento de canal. Esta seria a primeira consulta da vítima com o dentista.
De acordo com a mulher, que preferiu não ter a sua identidade revelada, após ter os seios apalpados e sair do consultório, a moça solicitou falar com um representante da clínica para contar sobre o que havia acontecido e posteriormente acionou a polícia.
Vítima e suspeito são levados para a delegacia
Dentista e paciente foram encaminhados para uma delegacia, com a intenção de prestar os devidos esclarecimentos sobre o caso. Na situação onde vítima e suspeito foram levados, o que chama a atenção é o fato de terem que compartilhar a mesma viatura até o destino final. De acordo com a defensória pública, este é um tipo de condução ilegal.
Especialistas apontam que a atitude da PM viola a Constituição Federal, bem como o princípio da dignidade da pessoa humana e de todo sistema de leis processuais. Desta forma, a vítima está legalmente amparada caso queira entrar com uma ação contra o estado. Vale ressaltar que além de serem levados no mesmo carro para a delegacia, o mesmo ocorreu quando ambos foram direcionado ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar os exames de corpo de delito.