A viúva do pedreiro de 54 anos, que morreu após o desabamento de um galpão no Jardim Guanabara, em Goiânia, ficou muito emocionada ao falar sobre o marido e revelar que o homem trabalhava para comprar uma moto.
A mulher relembrou também que na semana passada o marido entregou um montante de R$ 1 mil para o filho guardar, com a intenção de participar de um leilão e arrematar o veículo, pois estava cansado de ir trabalhar de bicicleta.
Órgãos responsáveis apontam irregularidades na obra
O acidente que vitimou o pedreiro aconteceu no início da tarde desta quinta-feira (10/2) e passou por avaliação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) e da Defesa Civil nesta sexta-feira (11).
As averiguações do Crea apontaram que a construção do imóvel acontecia de forma irregular, tendo em vista que não tinha nenhum engenheiro responsável pela obra. Diante das constatações, a família da vítima pede respostas, alegando que se a obra estava irregular, o dono do local deveria ter acompanhado de perto e evitado o que aconteceu.
Pessoas que estavam próximas no momento em que o galpão desabou, disseram que o teto caiu sobre a vítima, deixando-o soterrado. Mesmo após receber os primeiros socorros e ser reanimado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO), por mais de uma hora, o homem não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
Já a análise feita pela Defesa Civil concluiu que a melhor opção é demolir o que sobrou do imóvel, levando em consideração que a possível causa do desabamento foi a sobrecarga na estrutura metálica do local e que poderia ter sido evitada, caso a obra possuísse um engenheiro mecânico capaz de detectar os pontos de oxidação na estrutura.
A preocupação do órgão de Proteção e Defesa Civil é de que as paredes que ainda estão de pé caiam sobre os imóveis vizinhos e prejudiquem a estruturações destas edificações. O dono do galpão que desmoronou estava no local no momento do acidente, se diz muito abalado e garante que está prestando todo apoio necessário à família da vítima.