A Polícia Federal (PF) enviou, na última quarta-feira (17/11), para o Superior Tribunal da Justiça (STJ) um pedido de prisão contra o padre Robson de Oliveira, do Santuário Pai Eterno, em Trindade, Região Metropolitana da capital.
O religioso foi alvo de investigação do Ministério Público no ano passado por suspeitas de lavagem de dinheiro de doações na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), um esquema de centenas de milhões de reais e muitos envolvidos. Toda a apuração foi suspensa após decisão judicial.
Segundo a defesa do padre, os fatos usados no pedido da PF são antigos e não existe fundamento para a prisão. Além disso, ainda foi feita uma representação contra a solicitação. Desde o início das investigações o padre negou as irregularidades no comando da Afipe.
O Ministério Público informou, na noite de quinta-feira (18), que recorreu da decisão e que aguarda o julgamento do recurso pelo STJ.
Operação Vendilhões: apuração sobre supostos esquemas envolvendo Padre Robson de Oliveira
A investigação do caso começou quando o padre Robson de Oliveira ainda estava à frente do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Segundo o Ministério Público, ele teria criado associações a fim de desviar dinheiros de doações de fiéis. Cerca de R$ 100 milhões foram usados na compra de fazendas, casa na praia e até mesmo avião.
Durante as investigações ainda foi apontado que o padre também estaria envolvido em um suposto esquema de pagamento de propina, inclusive para desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás para receber uma decisão favorável em um processo envolvendo uma fazenda comprada pela Afipe.
Após a descoberta do caso, a investigação foi encaminhada para o STJ, que manteve a investigação bloqueada em maio desde ano. À época, o desembargador considerou que as provas usadas pelo Ministério Público durante a operação foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração.
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