Na manhã desta quinta-feira (4/11), o Juiz Jesseir Coelho de Alcântara decidiu tornar réu o trio de amigos acusado de matar a facadas a jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos. O crime aconteceu no dia 24 de agosto deste ano, em Goiânia.
Na decisão, o juiz ainda converteu a prisão temporária em preventiva, desta forma, continuam presos os três suspeitos Raíssa Nunes Borges, de 19 anos; Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos; e Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18 anos, que usa o nome social de Freya. As defesas deles têm 10 dias para se pronunciar no processo.
Além dos três, uma adolescente de 16 anos também foi apreendida suspeita de participar do crime. Ela não teve a identidade revelada, mas é apontada pelas defesas dos outros envolvidos como uma pessoa de grande influência no grupo. A hipótese levantada pelas defesas é de que ela teria, inclusive, planejado todo o crime.
Durante depoimentos, os suspeitos teriam informado que Ariane foi morta com três facadas, entretanto, as investigações apontam que a jovem levou oito golpes, todos dentro do carro.
De acordo com a Polícia Civil, Ariane foi morta pois uma das jovens envolvidas queria saber se era psicopata e, para isso, precisava matar alguém para saber qual seria sua reação após o crime. O homicídio foi premeditado com pelo menos três dias de antecedência.
Caso Ariane Bárbara: o dia do crime
De acordo com o delegado Marcos Gomes, responsável pelo caso, o trio já estava com tudo planejado para cometer o crime. Inicialmente, eles fizeram uma lista com possíveis vítimas, entre elas estava Ariane Bárbara, que foi escolhida por causa de sua baixa estatura, portanto, seria mais fácil segurá-la caso houvesse resistência.
No dia 24 de agosto, eles chamaram a Ariane para lanchar. Ela então avisou a mãe que estava com os colegas e voltaria mais tarde, o que não aconteceu. Jeferson Cavalcante Rodrigues (22 anos) ficou responsável por providenciar a arma do crime e pelo veículo, onde foram colocados sacos de lixo para levar o corpo até o local onde seria deixado.
Quando Ariane entrou no veículo, eles colocaram uma música e combinaram um sinal para começar o ataque. Com o estalar de dedos, Ariane foi atacada. O corpo dela só foi encontrado uma semana depois, em uma mata no Setor Jaó.
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