Uma mulher é investigada pela Polícia Civil suspeita de se passar por falsa médica e atuar como oftalmologista em Santa Helena de Goiás, no sudoeste do estado. O caso foi descoberto após denúncias de pacientes.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher não teria a devida formação para exercer a profissão, mas atendia em diferentes locais na cidade, sem consultório fixo. Além disso, a polícia também investiga se ela atuava em parceria com ótimas para “venda casada” de óculos que ela prescrevia. O nome das empresas não foi divulgado.
Flagrante da falsa médica que atuava como oftalmologista em Santa Helena
O flagrante aconteceu na quinta-feira (21/10), quando a mulher foi levada para a delegacia para assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Em depoimento, ela disse que tinha cursos na área, mas, segundo o delegado Danilo Proto, ela não comprovou ser médica.
Pacientes que fizeram as denúncias relataram que foram atendidos pela mulher e tiveram prejuízos após receberem receitas de óculos incompatíveis. O delegado ainda afirma que algumas pessoas a procuravam com doença nos olhos, glaucoma, mas ela receitava óculos. Em outros casos, pacientes sequer precisavam de óculos, ou somente de grau baixo, mesmo assim recebiam receitas incompatíveis.
As investigações continuam pois há suspeita de que óticas na cidade estejam envolvidas, além disso, podem haver outras vítimas.
Segundo a Polícia Civil, a mulher foi liberada após prestar depoimento. Ela pode responder por exercício irregular da atividade. Como não teve o nome divulgado, o Dia Online não conseguiu contato com a defesa.
Em outro caso, falsa enfermeira que atuou em hospitais de Goiás é investigada por estelionato
No início de setembro, uma mulher foi apontada como falsa enfermeira e teria atuado em três hospitais de Goiás. A mulher se apresentava em Goiânia como enfermeira e entregava às unidades de saúde um diploma de graduação e outro de pós-graduação, ambos falsificados, segundo a Polícia Civil.
A mulher chegou a exercer a função de chefe de enfermagem no Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), com um salário de mais de R$ 10 mil. Ela que é natural de Belém (PA), já foi condenada pela Justiça Federal por apresentar diploma falso e carteira funcional ilegítima, além de exercer a profissão no Hospital Cândido Rondon (HCR), em Rondônia, de 2012 e 2014.