Uma operação da Polícia Civil (PC), deflagrada por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), investiga empresas de grãos suspeitas de envolvimento em fraudes fiscais, em Goiás.
Segundo a PC, a Operação Segador apura crimes tributários e falsidade ideológica supostamente praticados através de empresas constituídas em nome de “laranjas”, sem qualquer lastro financeiro, com objetivo de lesar os cofres públicos.
Na última quarta-feira (20), foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo um em Goiânia, dois em Aparecida de Goiânia e dois em Anápolis, nos endereços das empresas suspeitas de envolvimento nas fraudes fiscais e na residência de um dos investigados.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais encontraram uma sala comercial vazia, típica de empresa “de fachada”.
Investigação de empresas de grãos suspeitas de fraudes fiscais, em Goiás
Conforme apontam as investigações, as empresas suspeitas atuam na comercialização de grãos e buscam isentar seus produtores do ônus tributário incidente sobre a cadeia produtiva desse tipo de commodity.
A prática, segundo a polícia, consiste na falta de pagamento do ICMS e já resultou na apropriação e prejuízo equivalente a aproximadamente R$ 2 milhões aos cofres públicos estaduais.
Todo o material apreendido no cumprimento dos mandados será submetido à análise da Secretaria de Economia, cujo resultado auxiliará no objetivo das medidas cautelares cumpridas, na identificação de outras empresas “de fachada”, origem e destinos dos grãos comercializados, além do efetivo prejuízo causado ao erário estadual.
Em outro caso, operação apura fraudes em licitação na aquisição de coroas de flores, em Goianésia
No último dia 15 desse mês, uma operação da Polícia Civil foi deflagrada para apurar supostas fraudes em licitação na aquisição de coroas de flores para ornamentar cerimônias de velórios, em Goianésia.
Os policiais civis constataram que, entre 2015 a 2020, houve direcionamento das aquisições de coroa de flores para que uma mesma funerária da cidade as fornecesse para cerimônias fúnebres.
Foi verificado ainda que a funerária em questão não costuma fornecer tais ornamentos e é ligada a um dos vereadores da Câmara Municipal. Além disso, há suspeitas de que o antigo mandatário da Câmara de Vereadores seja o verdadeiro proprietário da empresa funerária que possui como sócios formais pessoas intimamente ligadas a ele, como seu genro.
Segundo a Polícia Civil, há possibilidade também de que as coroas de flores sequer tenham sido fornecidas, pois a empresa não possui permissão para a realização da atividade.