Após mais de seis anos do início das obras, o Corredor da T-7, em Goiânia, ainda não foi concluído. Iniciado em fevereiro de 2015, a previsão de entrega era até o final de 2016, entretanto, agora a conclusão está prevista para meados de 2022.
Até o momento, o Corredor da T-7 está com somente 60% das obras estruturais prontas, o que inclui serviços de drenagem, pavimentação no lado direito das pistas, revitalização de calçadas e abrigos nos pontos de embarque e desembarque. No total, há o projeto para 57 abrigos ao longo do corredor, mas, atualmente, somente 30 estão instalados.
Um dos problemas enfrentados para a finalização da obra é a tecnologia utilizada na semaforização do trecho, que já é considerada ultrapassada. Por isso, uma reprogramação tecnológica está sendo feita, mas a administração municipal não divulgou qual seria a mudança no projeto.
Além das consequências para a população, o atraso nas obras também traz prejuízos aos cofres públicos, isso porque o contrato inicial para a execução do serviço era de R$ 30.475.085,25, mas agora já ultrapassa R$ 35 milhões. Já são cerca de 13 aditivos no contrato.
Corredor da T-7 foi projetado para garantir a mobilidade na capital, mas segue sem conclusão
O projeto do Corredor da T-7 conta com 10,5 km de extensão, atravessa 11 bairros e o objetivo é garantir a mobilidade com a integração de ônibus na faixa exclusiva à direita da pista, bicicletas na ciclovia no canteiro central e carros na faixa normal da via. O trajeto deve contar com calçadas com rampas de acesso a cadeirantes, piso tátil para o direcionamento seguro de pessoas com deficiência visual e abrigos de ônibus. Entretanto, a conclusão segue em atraso mesmo após mais de seis anos.
De acordo com a prefeitura, a ideia é que os novos abrigos tragam informações sobre os trajetos de linhas, horários de viagens e localização, além de orientação de como utilizar o celular para ver o horário, em tempo real, de chegada do ônibus no ponto de parada.
Questionada sobre os motivos que levaram aos atrasos das obras na capital, não só do Corredor da T-7, mas também do BRT, do Viaduto Lauro Belchior, do Complexo Viário Jamel Cecílio e outros, a prefeitura alega que “as obras urbanas contam com muitos imprevistos como desapropriação, chuva, falta de insumos (principalmente nessa pandemia), interferências como rede de água e energia que precisam ser removidos, entre outros.”.