Uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e da Polícia Civil cumpriu, nesta quarta-feira (28/7), três mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em São Simão e em Goiânia, contra suspeitos de abusar sexualmente de menores. Dentre os suspeitos está o Prefeito de São Simão, Assis Peixoto (PSDB).
Até o momento, seis vítimas procuraram o MP-GO. Em razão de os supostos crimes envolverem menores, o processo corre em segredo de justiça. De acordo com o MP-GO, detalhes do caso serão divulgados após a conclusão das investigações.
Todos os mandados, expedidos pela Vara Judicial de São Simão, foram cumpridos. Participaram da operação 4 promotores de Justiça, 4 delegados da Polícia Civil e 12 policiais civis. O Centro de Inteligência do MP-GO apoiou a operação.
A ação foi batizada de Operação Paideia, termo do grego antigo, que procura sintetizar a noção de educação na sociedade grega clássica. O termo tem relação com a educação voltada para as crianças, referindo-se à educação familiar, bons modos e princípios morais.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de São Simão, as acusações contra o prefeito são “infundadas” e serão esclarecidas ao longo das investigações.
Além da Prisão do prefeito de São Simão, em outro caso, ex-primeira-dama de Quirinópolis é indiciada por omissão de estupro em abrigo
Em março destte ano, a Polícia Civil concluiu investigações e indiciou ex-primeira-dama de Quirinópolis por omissão de estupros em um abrigo da cidade. Além dela, a ex-presidente do Conselho da Criança do Adolescente, a coordenadora e mais sete pessoas foram indiciadas por crimes ocorridos no interior do abrigo.
De acordo com a PCGO, as investigações se iniciaram após denúncias de maus-tratos, humilhações e constrangimentos realizados pelos servidores e, além disso, omissão por parte das cuidadoras e responsáveis pelo abrigo diante das violações sexuais ocorridas entre as crianças e adolescentes no interior da casa.
O abrigo é uma instituição municipal destinada a atender crianças e adolescentes em situação de violência ou abandono familiar. Segundo a PCGO, duas meninas, uma de 2 e outra de 5 anos, foram estupradas, além de quatro meninos, todos menores de 14 anos.