Em fevereiro deste ano, o policial penal Elias de Souza Silva e sua esposa Ana Paula Silva Dutra foram mortos nas imediações do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, o homicídio ocorreu a mando de um detento.
Na ocasião, o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia iniciou as investigações, com o apoio de uma força-tarefa envolvendo todas as forças de segurança do Estado, que culminou, no mesmo dia, com uma prisão em flagrante e com a morte de Kleber Wilker da Costa Simões e Jean Araújo Godinho, que confrontaram com equipes da PCGO e da PMGO em Goiânia.
As investigações e fuga dos suspeitos de matar policial penal e esposa, em Aparecida
De acordo com a PCGO, durante as investigações foram identificados os executores do crime e o mandante, este um detento da Penitenciária Odenir Guimarães (POG). Conhecido como “Urso”, ao ser interrogado, o detento confessou ser o organizador do atentado, alegando como motivação o recrudescimento das regras impostas aos internos da POG.
A determinação foi de que os executores tivessem como alvo qualquer policial penal que saísse do complexo prisional, de acordo com a conveniência dos criminosos, sendo que Elias foi o primeiro a sair do Complexo após o término de seu plantão.
Após a prática do crime, cinco executores fugiram para o Rio de janeiro, onde ficaram abrigados em uma favela da cidade, sob a proteção de membros de uma facção criminosa. Eles foram para o estado através um motorista de aplicativo, que recebeu a quantia de R$ 4 mil para levar os criminosos em duas viagens.
O grupo continuou sendo monitorado pela polícia, até que dois deles voltaram para Goiás, onde foram presos no último dia 8 de julho. Ambos foram interrogados e confessaram a prática do crime, fornecendo detalhes do planejamento da ação e da execução das vítimas.
De acordo com a PCGO, as investigações continuam para prender os outros envolvidos. As informações disponíveis dão conta de que eles ainda estão escondidos no Rio de Janeiro.