A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informou nesta segunda-feira (28/6), que a variante indiana da Covid-19 não é de transmissão comunitária, mas sim um caso isolado na capital.
A variante Delta foi observada inicialmente na Índia, em outubro de 2020. Em Goiânia, de acordo com a SMS, o caso identificado no último dia 18 deste mês é de uma mulher que teve contato com um homem de Moçambique, que estava infectado com a variante.
Segundo a pasta, houve um equívoco na divulgação da amostra de sequenciamento genético desenvolvido em parceria com pesquisadores do projeto.
De acordo com a SMS, foi feito um trabalho de vigilância e acompanhamento do caso, que já foi repassado para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), para que medidas sejam tomadas junto ao Ministério da Saúde.
A variante Delta foi confirmada em uma paciente de 18 anos, moradora de Goiânia. O sequenciamento genético foi feito em 62 pacientes e só a amostra da jovem deu positivo para a cepa indiana.
Na época da divulgação do caso, a Prefeitura informou que a mulher teve sintomas leves da Covid-19, sem necessidade de internação.
Aparecida de Goiânia consegue identificar variante indiana do Covid-19
A Prefeitura de Aparecida de Goiânia iniciou, no final de abril deste ano, um Programa de Sequenciamento Genônico, que é capaz de identificar variantes do novo coronavírus, inclusive a indiana.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante indiana tem maior grau de transmissibilidade. Em Aparecida de Goiânia, ainda não há a suspeita da presença da nova cepa.
Segundo a prefeitura, o Programa de Sequenciamento Genômico está entre um dos melhores do país, conforme aponta a plataforma GISAID, entidade de banco de dados sobre genomas do vírus.
Até o final do mês de maio deste ano, Aparecida realizou 279.589 testes RT-PCR para detecção da Covid-19 e executou 656 sequenciamentos genéticos a partir de amostras dos exames. Seis casos de reinfecção pelo coronavírus foram confirmados no município.
De acordo com a diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da Secretaria de Saúde (SMS), Érika Lopes, as amostras coletadas neste ano preocupam, em relação ao ano passado. “Enquanto nos materiais analisados em 2020 não identificamos nenhuma variante considerada de preocupação, nas amostras deste ano, 76,6% foram das linhagens P.1 (variante de Manaus) e 2,5% da B.1.17, originária do Reino Unido”, declara.