Na noite da última quarta-feira (26/5), uma operação em conjunto com a Vigilância Sanitária e a Polícia Miliar de Goiás (PMGO) fechou um abatedouro clandestino suspeito de vender carne de cavalo a açougues de Aparecida de Goiânia. Duas pessoas que estavam no local foram levadas para a delegacia.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Everson, a suspeita é que a carne dos animais era vendida no comércio do município. De acordo com ele, o formato dos cortes leva a acreditar que açougues e supermercados compravam a carne. “Parte estava desossada da forma que vemos em vitrines”, afirma.
A operação foi realizada no bairro Cidade Vera Cruz, após uma denúncia anônima. No local foram encontradas carnes, ossadas, carcaças e, além disso, a equipe resgatou 11 cavalos em situação de maus-tratos, que possivelmente seria de origem de furto ou roubo.
Dono de abatedouro suspeito de vender carne de cavalo em Aparecida de Goiânia conseguiu fugir
De acordo com o delegado titular do 4º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, Dakir Specht, o suposto proprietário do abatedouro não estava no local durante o flagrante.
A esposa e a filha do suspeito foram levadas à delegacia, prestaram depoimento e foram liberadas por falta de provas de coautoria no crime. Segundo o delegado, elas disseram que tinham acabado de chegar no local.
O delegado explica que o dono do abatedouro conseguiu fugir e que a Vigilância Sanitária foi ao local e não conseguiu provas de que essa carne seria destinada a consumo de terceiros. Segundo ele, a Vigilância procurou documentos mas não conseguiu encontrar, por isso, mãe e filha foram liberadas.
De acordo com o secretário de meio ambiente, os cavalos resgatados foram encaminhados para uma chácara da cidade e, após a recuperação, poderão ser devolvidos aos verdadeiros donos ou enviados a Organizações Não Governamentais (ONGs).
Além da prisão, o responsável pelo abatedouro também poderá sofrer sanções e penalidades administrativas por maus-tratos aos animais, abandono e lesão. Ele poderá pagar multa que varia de R$ 200 a R$ 200 mil.