Entregadores por aplicativo realizam uma nova manifestação nesta sexta-feira (7/5), em Goiânia. No dia 30 de abril os trabalhadores fizeram protestos reivindicando a melhoria das taxas de entrega na cidade.
A manifestação do último dia 30 contou com trabalhadores que atuam em diferentes empresas. Eles fecharam a Rua 56 com a Av. Jamel Cecílio, no Jardim Goiás e paralisaram os serviços entre 9h30 e 16h.
Hoje (7/5), os trabalhadores realizam uma nova manifestação em Goiânia, assim como na última eles fizeram uma espécie de buzinaço e percorreram ruas da capital, entre elas a Av. Jamel Cecílio, no Jardim Goiás.
Os entregadores por aplicativo protestam por melhores condições de trabalho, aumento da taxa mínima de entrega e contra as empresas de delivery.
Greve nacional de entregadores por aplicativo
No dia 1º de junho do ano passado, os entregadores de aplicativos promoveram uma greve nacional por melhores condições de trabalho, medidas de proteção contra os risco de infecção pela Covid-19 e mais transparência na dinâmica de funcionamento dos serviços e das formas de remuneração.
Os organizadores argumentam que o movimento foi construído por meio da interlocução por grupos na internet. Os entregadores cobraram o aumento das taxas mínimas recebidas por cada corrida e o valor mínimo por quilômetro.
Um estudo realizado por sete pesquisadores, na época, entrevistou entregadores de apps em 29 cidades durante a pandemia. A pesquisa apontou que mais da metade (54%) trabalham entre nove e 14 horas por dia, índice que aumentou para 56,7% durante a pandemia. Entre os ouvidos, 51,9% relataram trabalhar todos os dias da semana.
Cerca de metade dos entrevistados (47,4%) recebia até R$ 2.080 por mês e 17,8% disseram ter rendimento de até R$ 1.040 por mês. A maioria dos participantes do levantamento (58,9%) afirmou ter tido queda da remuneração durante a pandemia.
Segundo os autores, houve um aumento do número de entregadores como alternativa de pessoas que perderam renda durante a pandemia, mas apesar do aumento de entregas, os valores de hora/trabalho ou bonificação caíram.