Um empresário de 45 anos, suspeito de participar de um esquema de fraudes no transporte público do Distrito Federal que superou R$ 1 bilhão, foi preso pela Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), nesta segunda-feira (12/4) em Niquelândia, no norte de Goiás.
Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) expediu mandado de prisão contra o suspeito, mas ele estava foragido. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), o empresário é acusado de corrupção por dezoito vezes.
O suspeito era dirigente de uma cooperativa no DF e é acusado de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica do extinto Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). O empresário foi denunciado durante a Operação Trickster, que investigou um esquema de aquisição de cartões de vale-transporte especial e estudantil por valores inferiores aos originais.
Suspeito de participar de fraude que superou R$ 1 bilhão construiu um posto de combustíveis enquanto estava foragido
A Polícia Militar recebeu denúncia anônima sobre o paradeiro do empresário e o encontrou em uma caminhonete na Avenida Contorno, no bairro Boa Vista, em Goiânia. Após a identificação do suspeito, a equipe efetuou a prisão.
Outras 38 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do DF, em novembro do ano passado, por associação criminosa e estelionato contra a Administração Pública. Na primeira fase da Operação Trickster, foram expedidos 45 mandados de prisão temporária de envolvidos no esquema.
A suspeita é de que o esquema tenha começado em 2014. Segundo a acusação, o grupo usava os cartões em ônibus, de forma sequencial e em linhas diferentes.
De acordo com investigações, desde quando teve a prisão decretada, o empresário construiu um posto de combustíveis e passou a morar em Mimoso de Goiás. Segundo a Polícia Militar, o suspeito está à disposição da Justiça e será transferido para o Distrito Federal (DF), posteriormente.