O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região determinou, nesta sexta-feira (9/4), que a greve no transporte coletivo promovida pelos motoristas do Eixo Anhanguera é ilegal. A decisão é o desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento, que determina multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.
“Não se pode olvidar que é potencialmente grave o dano que eventual paralisação total do transporte público coletivo pode causar à coletividade, principalmente no atual momento de grave crise econômica causada pela pandemia decorrente da Covid 19”, argumenta o desembargador, na decisão.
O magistrado considera que a manifestação é “potencialmente grave” e gera danos à coletividade, no atual momento de grave crise econômica causada pela pandemia decorrente da Covid-19.
Na decisão, o desembargador ainda ressalta “não ser o caso de determinar quantitativos mínimos de trabalhadores em atividade para atender às necessidades inadiáveis da população, considerando a motivação política da greve, que não encontra respaldo no ordenamento jurídico”, argumenta.
Devido decisão da justiça, greve no transporte coletiva é suspensa
Em nota divulgada no início da tarde desta sexta-feira (9/4), a RedeMob afirmou que o transporte público já voltou à sua normalidade. “Os grevistas da Metrobus já liberaram os ônibus e a operação foi retomada.”, informou.
A Metrobus também emitiu nota lamentando os transtornos:
“Metrobus lamenta os transtornos gerados pela paralisação na operação no início desta manhã e afirma que, desde o início da greve, participou de diálogos com as entidades de classe para que os veículos voltassem em operação o mais rápido possível.
A Metrobus ressalta que, desde o início da pandemia, tomou uma série de medidas para conter o avanço da Covid-19 entre os seus colaboradores, em especial aos motoristas, com o fornecimento de máscaras e distribuição de álcool em gel.”
Início da paralisação
Motoristas do Eixo Anhanguera deram início a uma paralisação na manhã desta sexta-feira (9/4), em Goiânia. Os profissionais protestaram em frente a garagem da Metrobus, na Vila Regina, para reivindicar a vacinação contra a Covid-19 da categoria. Além disso, eles ainda protestaram por um benefício que teria sido suspenso em março deste ano.
Por causa do movimento dos motoristas, as linhas do Eixo Anhanguera não circularam na Região Metropolitana e nem nos terminais de Goiânia por um longo período da manhã, o que deixou passageiros confusos nas plataformas.
Segundo os trabalhadores, a proposta inicial era manter a paralisação até o final do dia, mas a operação voltou ao normal após decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região.