O cantor Agnaldo Timóteo morreu neste sábado (3/4) aos 84 anos, vítima da Covid-19. Ele deu entrada no Hospital São Bernardo, no Rio de Janeiro, dia 17 de março e dez dias depois precisou ser intubado.
Familiares do artista já haviam relatado sucessivas pioras em seu estado de saúde. Em nota, a assessoria de Agnaldo confirmou o óbito.
“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Agnaldo Timóteo não resistiu as complicações decorrentes do Covid-19 e faleceu hoje às 10:45 horas. Temos a convicção que Timóteo deu o seu Melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações!”, diz o texto.
Agnaldo Timóteo já havia recebido as duas doses da vacina contra a Covid-19, mas os médicos acreditam que o cantor tenha contraído a doença no intervalo entre as doses, já que a última foi tomada no dia 15 de março.
Carreira do cantor Agnaldo Timóteo
Natural de Caratinga, em Minas Gerais, Timóteo se mudou para Governador Valadares aos 16 anos, onde se tornou torneiro mecânico. Na década de 1960, Timóteo foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como motorista do empresário e produtor Kléber Lisboa, esposo de Angela Maria, consagrada, na época, como a “Rainha do Rádio”.
Após passar por rádios como Inconfidência, Itatiaia, Mineira e Guarani, Angela Maria aconselhou Agnaldo a seguir para o Rio e lutar por sua carreira de cantor. Foi onde tudo começou.
Ao longo dos mais de 50 anos de carreira musical, Agnaldo Timóteo lançou mais de 30 LPs, mais de 20 CDs e três DVDs. Mesmo tantas décadas depois, o cantor seguia com mais de 100 mil ouvintes mensais segundo o Spotify.
Em 2019, o artista sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e precisou ser colocado em coma induzido.
Carreira política
Depois de consagrado como cantor, Agnaldo Timóteo resolveu atuar na política a partir de 1982, quando foi eleito deputado federal no Rio de Janeiro, pelo PDT, e obteve a maior votação daquele pleito: mais de 500 mil votos.
Após uma briga com seu ex-aliado Leonel Brizola, ele filiou-se ao PDS. Em 1990, Agnaldo voltou ao cenário político para disputar o governo do Rio de Janeiro contra Leonel, que venceu ainda no primeiro turno.
Em 1996, foi eleito vereador no Rio, mas transferiu-se para São Paulo e, em 2004, foi eleito vereador pelo Partido Progressista.
Já em 2008, ele atuou novamente no mandato como vereador por São Paulo. Nas eleições de 2012, Timóteo tentou se reeleger, mas não obteve sucesso. Ele então decidiu se retirar da política e retomar a carreira artística. Em sua carreira política, Timóteo passou ainda pelo Partido Liberal, PP, PR e PMDB.