A Polícia Civil de Goiás (PCGO) realizou, no último sábado (12/12), a prisão preventiva de um policial penal do Distrito Federal, de 34 anos, e de um outro indivíduo, 35 anos, investigados como autores do latrocínio do empresário Ronaldo Alves dos Santos, 41 anos. O empresário desapareceu em 31 de março de 2017, tendo enviado mensagens estranhas para familiares dizendo que havia viajado para o estado de Minas Gerais e teve o corpo encontrado carbonizado em 1° de abril de 2018, na cidade de Cristalina. Na época, a identificação somente foi possível mediante expame de DNA.
Segundo a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Grupo Antissequestro – GAS, da Deic), as averiguações apontaram que uma pessoa que mantém um relacionamento extraconjugal com o policial penal preso, uma mulher de 31 anos, começou a receber em sua conta bancária pagamentos agendados da conta bancária da vítima no valor de R$ 2 mil reais cada. Os agendamentos foram realizados pelo próprio celular da vítima no dia do desaparecimento, bem como nos dias seguintes, quando a vítima já estava morta.
Essa pessoa que tinha um relacionamento extraconjugal, ouvida nos autos, informou que o valor que recebia da vítima em sua conta era referente a um veículo que havia vendido para esta. Apresentou contrato que, submetido a perícia, comprovou-se ser falso.
Dois veículos da vítima, sendo um Hyundai Sonata e um Honda Civic, também desapareceram. Em abril de 2017, o policial penal foi abordado com o Hyundai Sonata, no qual transportava sua amante para ser ouvida na Deic, um mês depois, o veículo foi apreendido com o outro homem agora preso. De acordo com a perícia, o Sonata estava sem o forro do porta-malas.
As investigações apontam que o segundo homem auxiliou o policial penal no cometimento do crime, ficando com tal veículo como pagamento.
Na mesma época, os policiais civis da Deic encontraram um projétil de arma de fogo no interior da residência da vítima. Conforme a perícia, ficou demonstrado que o projétil saiu da arma funcional do policial penal.
Os dois indivíduos envolvidos foram indiciados pelo latrocínio e presos preventivamente pelo crime. Já a amante do policial penal está foragida, inclusive fora do Brasil. Porém, também foi indiciada pelo crime, teve a prisão preventiva decretada e segue sendo procurada.