O ex-deputado federal de Goiás e ex-ministro de Cidades, Alexandre Baldy, foi preso na manhã desta quinta-feira (6/8) em um desdobramento da Operação Lava Jato, a Operação Dardanários. A ação tem como alvo uma organização de empresários e agentes públicos suspeitos de cometer irregularidades em contratações na área da saúde.
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, expediu seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Os alvos presos na operação devem responder pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O cumprimento das ordens judiciais ocorre em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia (GO) e Brasília. Até o momento, três pessoas foram presas.
O esquema investigado pela operação que prendeu Alexandre Baldy
Conforme adiantado pelo UOL, a operação que prendeu Baldy foi baseada em uma colaboração premiada de ex-diretores da Organização Social Pró-Saúde, que apontaram o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos que pudessem interceder em favor da organização. O portal adiantou que são investigados pagamentos do contrato de gestão do HURSO (Hospital de Urgência da Região Sudoeste), em Goiânia, que foi administrado pela Pró-Saúde entre 2010 e 2017.
Para possibilitar o pagamento de valores não contabilizados, os gestores da OS à época instituíram esquema de geração de “caixa 2” na sede da Pró-Saúde, com o superfaturamento de contratos, custeados, em grande parte, pelos repasses feitos pelo Estado do Rio de Janeiro, os quais constituíam cerca de 50% do faturamento nacional da organização social (que saltou de aproximadamente R$ 750 milhões em 2013, passando por R$ 1 bilhão em 2014 e chegando a R$ 1,5 bilhão em 2015).
Segundo a Procuradoria, os investigadores identificaram a existência de um esquema de direcionamento de contratos da JUCEG (Junta Comercial do Estado de Goiás) e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), através da fundação de apoio FIOTEC.