A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu, na manhã desta segunda-feira (27/7), mandados de busca e apreensão em desfavor da tesoureira da Prefeitura de Turvânia, que é investigada por desvio de dinheiro.
Os mandados foram cumpridos pelas equipes policiais de Firminópolis e Turvânia na residência e no local de trabalho da servidora pública acusada de desviar dinheiro público da Administração municipal.
De acordo com a Polícia Civil, a servidora atuava como tesoureira na parte financeira de prefeitura e aproveitou o acesso às contas municipais para fazer transferências em dinheiro para sua conta bancária pessoal.
A investigação da tesoureira da Prefeitura de Turvânia suspeita de desvio de dinheiro público
Conforme levantamentos feitos pela polícia, a tesoureira fazia os desvios várias vezes durante o mês com quantias variando entre R$ 200,00 a R$ 2.500,00.
Até o momento, foi levantado que a investigada atuou desta forma durante três meses desviando a quantia total de R$ 22.800,00 de verba pública da Prefeitura Municipal de Turvânia.
No momento da realização da busca, a servidora confessou que pratica o crime há mais de dois anos, totalizando cerca de R$ 200 mil em desvios. Diante disso, a servidora foi afastada do cargo que exerce e a investigação segue em andamento.
O Dia Online entrou em contato com a Prefeitura de Turvânia, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço continua aberto.
Crimes de desvio de verbas públicas podem se tornar hediondos em Goiás
Foi protocolado na Câmara dos Deputados um projeto de lei (2873/2020) que torna crimes que envolvem desvio de verbas públicas hediondos, entre eles peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção passiva, corrupção ativa e outros. Segundo a justificativa, se aprovada, a proposta fará com que estes crimes sejam “insuscetíveis de anistia, graça e indulto”.
De acordo com o autor do projeto, o deputado federal por Goiás, José Nelto (Podemos), o objetivo é erradicar o desvio de verbas públicas no Brasil. O parlamentar defende que esses crimes são de extrema gravidade e causam grandes danos à população, principalmente “aos cidadãos menos afortunados, que dependem dos inúmeros serviços públicos prestados pelo Estado.”