É início da manhã, e num leito da ortopedia do segundo maior hospital do Estado de Goiás, uma visita especial para a paciente. Kárita Bargin de Morais é colaboradora do Hospital de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) e responsável por receber pessoalmente, de cada paciente do hospital, o que pode ser melhorado no serviço oferecido. Desde a área assistencial, pela equipe de médicos, enfermeiros e técnicos, alimentação, enxoval, higiene, segurança, enfim: nada passa despercebido.
Kárita Bargin é uma das colaboradoras que tem trabalhado para que o Hugo seja referência em atendimento humanizado em todo o Estado. E esse serviço que ela e todos os responsáveis pelo departamento fazem diariamente, até mais de uma vez por dia, tem transformado o contato de hospital, paciente e família. O que antes era uma ideia e planos de atendimento humanizado, hoje é realidade.
“Somos pessoas cuidando de pessoas. A forma de agir antes de funcionários que identificavam os pacientes pela doença: ‘a senhorinha da fratura no fêmur’, por exemplo, acabou. Hoje a senhorinha tem nome e sobrenome, recebe visita diária no leito para saber: ‘o que eu posso melhorar a estadia da senhora conosco?’. Se houver algum departamento que deixou aquele atendimento com falha, ele será cobrado e terá de corrigir e apresentar a correção”, explica Ariana Leonel, coordenadora do Serviço de Relacionamento do Hugo.
Ariana Leonel explica a integração desse serviço com todos os outros do hospital. “É através dessa conversa próxima com o paciente, dando a liberdade de ele se expressar da forma dele, que nós podemos confirmar a qualidade do serviço entregue por cada um dos departamentos. A ideia é justamente ter um olhar humanizado e fazer com que os demais serviços tenham a mesma perspectiva”, diz.
Os resultados aparecem em curto prazo. Paciente da ortopedia, Mislene Maria Rodarte da Costa, de 36 anos, vê com importância o serviço oferecido, para que as questões observadas pelos pacientes sejam atendidas. “Pode intermediar entre o paciente e os profissionais, para resolver as questões que nós apresentamos. O Serviço de Relacionamento faz com que a gente esteja mais próximo, nem parece que é um hospital público”.