A temporada 2020 de férias do Rio Araguaia foi cancelada por decreto estadual. O documento foi assinado nesta quarta-feira (10/6) pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e proíbe, a partir de 1º de julho, aglomerações, acampamentos e atrações musicais ao longo do rio. Segundo o secretário da Saúde, Ismael Alexandrino, a medida se torna imprescindível diante do aumento de número de casos de covid-19 no estado.
De acordo com o documento, também estão vedados o uso coletivo de beiras de rios, cachoeiras e praias formadas no Rio Araguaia e seus afluentes e a instalação de estruturas temporárias de restaurantes, bares, banheiros, pontos de apoio e quaisquer outras de atendimento a turistas e usuários em praias, beiras de rios e cachoeiras.
Ainda conforme o comunicado, o Governo de Goiás contará com o apoio das prefeituras, da Polícia Militar Ambiental, do Corpo de Bombeiros, da Goiás Turismo e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) na fiscalização das atividades nas regiões próximas ao Araguaia durante o período de proibição.
Com temporada de 2020 do Rio Araguaia cancelada, prefeito de Aruanã pede colaboração da população
O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, destacou que a medida do Governo de Goiás, de cancelar a temporada de 2020, é tornou necessária diante da expansão no número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no interior do estado. “A suspensão da temporada no Rio Araguaia se tornou necessária tendo em vista a preservação da vida e a proteção da saúde dos goianos”, completou.
Com a decisão, o prefeito de Aruanã, Hermano de Carvalho, uma das cidades que mais recebem turistas durante as férias, pediu a colaboração da população. “Vivemos um momento delicadíssimo com essa pandemia que assola o mundo e tem trazido enormes dificuldades a todos”, disse. “Conto com vocês, em nome da vida, em nome da saúde, precisamos da colaboração de todos para que, num futuro próximo, possamos estar juntos novamente. Fiquem em casa”, reafirmou.
Já segundo o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, o decreto dá sustentação jurídica para que o Estado tome decisões “sem ferir o direito das pessoas”. Ele completou: “Levamos em conta, também, a precariedade do sistema de saúde do Vale do Araguaia, o que é bastante preocupante devido ao alto nível de contaminação. O Estado decidiu desestimular a temporada para preservar a vida, sobretudo da população local.”
As medidas de contenção da pandemia preveem multas que podem variar de R$ 1 mil a R$ 500 mil, conforme previsto na Lei Estadual nº 18.102/13 e no Decreto Federal 6514/08.