A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) deflagrou, na manhã desta terça-feira (26/5), uma operação com o objetivo de combater um esquema de superfaturamento de medicamentos em compras supostamente realizadas pela Prefeitura de Montes Claros de Goiás. As compras foram feitas sem licitação e a prefeitura pagou, segundo a PCGO, até o quádruplo de valores médios praticados no mercado.
A ação, batizada de Operação Fármaco, foi deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) e a Delegacia de Polícia (DP) de Montes Claros de Goiás, com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3).
Conforme a PCGO, foram cumpridos até agora dois mandados de busca e apreensão e bloqueio de valores em contas bancárias, tendo como alvos da busca pessoas físicas e jurídicas envolvidas em contratos entre a Prefeitura de Montes Claros de Goiás e uma empresa sediada em Aparecida de Goiânia, para fornecimento de medicamentos e produtos farmacêuticos em geral.
Ainda de acordo com a PCGO, além da suspeita de dispensa ilícita do devido processo licitatório, as investigações se viram para um suposto direcionamento de contratos para a mesma empresa e o superfaturamento dos valores pagos pela Prefeitura Municipal.
Prefeitura de Montes Claros de Goiás teria praticado superfaturamento de medicamentos essenciais para crianças, diz PCGO
A investigação da PCGO apurou que vários medicamentos de uso contínuo, controlado ou especial, bem como insumos essenciais para crianças detentoras de patologias específicas, foram adquiridos pelo dobro ou triplo do valor médio praticado no mercado.
Os mandados judiciais foram cumpridos na sede da Prefeitura de Montes Claros de Goiás, no Hospital Público Municipal da cidade e na sede da empresa investigada, localizada em Aparecida de Goiânia.
Conforme a corporação policial, a investigação prossegue para confirmação dos crimes investigados e identificação dos respectivos autores. Os autores devem responder pelos crimes de fraude a licitação, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
A reportagem do Dia Online segue tentando contato com a Prefeitura de Montes Claros de Goiás. O espaço permanece aberto para manifestações.