O índice de isolamento social em Goiás subiu de 37% para 45,91%, de acordo com levantamento da empresa In Loco. Mesmo com o aumento, o estado segue ocupando a última posição do ranking nacional. O Amapá lidera com 60,52% na taxa de isolamento. Os dados foram divulgados neste domingo (17/5), na plataforma Covid-19, do governo estadual.
Segundo a plataforma, Goiás ficou por vários dias com taxa menor que 40% em isolamento (37%). Atualmente, sete estados ocupam as melhores posições mo ranking de isolamento social, entre eles o Ceará, onde mais de 1.600 pessoas já morreram vítimas da covid-19 e mais de 24.600 foram infectadas.
Até a manhã desta segunda-feira (18/5), Goiás registra 1.730 casos do coronavírus e outros 15.079 em investigação. Os dados são atualizados a cada 30 minutos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO).
Isolamento social em Goiás
Novas medidas de restrição ainda seguem em discussão em Goiás. O governador Ronaldo Caiado (DEM) chegou a falar sobre isolamento intermitente, com períodos de fechamento mais rígido alternados com períodos de flexibilização, com base nas estatísticas observadas em cada região.
Havia expectativa da publicação de um novo decreto estadual na última semana, no entanto, Caiado reforçou que o novo documento com medidas restritivas de isolamento social em Goiás só será publicado quando houver consenso em relação ao tema e a adesão de pelo menos 70% da população.
“Não vou decretar nada que não esteja em sintonia com a sociedade e com as lideranças de nosso Estado. Se não tivermos remando no mesmo sentido, não teremos sucesso no enfrentamento ao coronavírus. Essa decisão é solidária, precisa ser da comunidade, das lideranças, de todos, porque sabemos que, sem conscientização, ela não será cumprida”, ressaltou o governador.
Em último lugar em isolamento social, Goiás já tem 83 municípios atingidos pela covid-19
De acordo com a plataforma Covid-19, Goiás já tem 83 municípios afetados pela covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Outras 118 cidades investigam casos suspeitos e apenas 45 não tem notificações.
Sobre o crescimento de casos, durante entrevistas na última semana, o governador explicou que desde que o primeiro caso de covid-19 foi confirmado no país, foram necessários 39 dias para Goiás chegar aos 100 primeiros casos da doença. Atualmente, segundo ele, o número de 100 registros se tornou diário.
Ainda nas entrevistas, o gestor estadual declarou que não aceitará a política de “lavar as mãos” diante da pandemia. “As consequências virão, sejam desemprego ou mortes, mas a responsabilidade também terá que ser assumida por todos. Não vou aceitar a tese de Pôncio Pilatos. Como governador, vou vocalizar o que a maioria estiver disposta a colocar em prática, mas vou continuar lutando pela vida”, advertiu.