Em uma entrevista a um jornal na manhã desta terça-feira (5/5), o governador Ronaldo Caiado rejeitou a possibilidade de um lockdown em Goiás em razão da pandemia do coronavírus e do aumento de casos confirmados no estado. Segundo ele, tal alternativa nunca foi discutida, mas caso “haja resistência” por parte da população em atender aos protocolos sanitários, como o uso de máscara de proteção e o distanciamento social, um novo decreto pode ser baixado.
Ao ser questionado sobre a queda do índice de isolamento social em Goiás – 160 municípios no estado têm índice de isolamento abaixo de 50% -, o chefe do Executivo estadual foi questionado se o lockdown (termo em inglês para ‘bloqueio total’) era levado em conta. Em resposta, Caiado disse que isso nunca esteve presente na discussão, mas sim a aplicação mais rígida de medidas de fiscalização.
“Nunca foi discutido esse assunto de lockdown, nunca existiu isso na nossa discussão. O que existiu é que na semana passada nós detectamos uma queda significativa no isolamento social, e a partir disso eu disse que nós vamos acompanhar os dados. Não é com relação a um dia [de queda no isolamento social] que nós vamos baixar novo decreto”, declarou.
Ainda conforme Caiado, o diálogo com os presidentes dos Poderes e com os prefeitos está sendo feito no sentido de incentivar o aumento da fiscalização quanto ao cumprimento de medidas como uso de máscara de proteção e distanciamento social.
Entretanto, a decisão de não baixar outro decreto de restrição do comércio e de fluxo de pessoas não é definitiva. Segundo o governador, caso haja uma resistência realmente em não atender aos protocolos sanitários, “aí sim será pensado um decreto para voltar à situação anterior”, arrematou.
Entenda o que é o lockdown
Visto como um “botão vermelho”, o lockdown é um protocolo de emergência com a adoção de bloqueio total com o objetivo de limitar a movimentação interna das pessoas em uma cidade, estado ou país, impedindo que haja contato entre os indivíduos
Durante o lockdown, ficam autorizados a funcionar somente os serviços considerados essenciais. Para que cumprido as autoridades podem tomar medidas que vão desde a aplicação de multas e até mesmo prisão.
A entrada e a saída de veículos particulares ficam proibidas e limites entre cidades são fechados, além da proibição de aglomerações em locais públicos. Durante o lockdown, só é possível sair de casa para comprar alimentação, remédios e levar pessoas a unidades de saúde.