Uma quadrilha foi presa nesta segunda-feira (13/4), em Brazabrantes, interior de Goiás, suspeita de fabricar e distribuir remédios ilegais para emagrecer em todo o país. Segundo a Polícia Militar de Goiás (PMGO), responsável pela operação, os medicamentos eram vendidos sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Conforme as apurações, os presos fabricavam os remédios à base de inibidores de apetite, como a sibutramina, cujo uso é condicionado à prescrição médica, sem qualquer autorização. Além disso, os medicamentos eram encapsulados em locais inapropriados. Os envolvidos no esquema criminoso rotulavam as drogas como medicamentos fitoterápicos, supostamente compostos de raízes e ervas medicinais.
Ainda de acordo com a corporação, as vendas dos remédios ilegais para emagrecer eram realizadas por meio de grupos de aplicativos de mensagens e sites de vendas. Os criminosos entregavam os produtos em todos os estados do Brasil.
COD prende integrantes de quadrilha e apreende remédios ilegais para emagrecer, veículos e R$ 27 mil
Após as prisões dos envolvidos no esquema criminoso de fabricação, distribuição e revenda de remédios ilegais para emagrecer, as equipes apreenderam veículos, milhares de cápsulas de medicamentos ilegais, além de instrumentos utilizados na fabricação, cadernos de contabilidade e cerca de R$ 27.700 provenientes das vendas ilegais.
Os presos irão responder pelos crimes previsto no artigo 273, do Código Penal, que são falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, e também por associação criminosa. O número de presos não foi divulgado pela corporação.
A operação foi realizada pela PMGO, por meio do Comando de Operações de Divisas (COD/CPR).
Operação contra remédios ilegais para emagrecer
No início deste ano, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia contra 30 pessoas que adulteravam e vendiam remédios para emagrecer, em Goiás. Toda medicação era fabricada, distribuída e revendida sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A ação, batizada de Operação Dieta Sadia, foi deflagrada no início de dezembro, na região Sudoeste do Estado. A operação foi realizada em conjunto com a Polícia Civil, contando com a participação de promotores das comarcas de São Simão, Paranaiguara e Cachoeira Alta e apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Conforme apurado, com a adulteração dos remédios, os integrantes da quadrilha cometiam os crimes de organização criminosa, falsificação de remédios, ocultação de origem de bens, posse ilegal de armas, corrupção de menor e falso testemunho.