No último sábado (28/3), o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), atendendo um pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO), decidiu proibir a realização de eventos, aglomerações e manifestações de qualquer natureza até o dia 30 de abril, no Estado de Goiás.
A decisão foi do juiz plantonista Adegmar José Ferreira. A decisão atende um Pedido de Tutela Antecipada Antecedentes em Ação Civil Pública para Imposição de Obrigação de Fazer e Não Fazer interposto pelo MP-GO.
Além disso, na manhã deste domingo (29/3), o documento foi encaminhado ao governador Ronaldo Caiado, aos membros do MP-GO, ao secretário de Segurança Pública e ao comandante-geral da Polícia Militar.
Em suas redes sociais, o governador de Goiás declarou que a decisão do magistrado será cumprida. Ele também afirmou que já informou a todos os responsáveis pela fiscalização em Goiás sobre a proibição das manifestações e aglomerações.
Por fim, leia a decisão aqui.
Decisão de proibição das aglomerações em Goiás vem logo após confirmação de transmissão comunitária no Estado
Com 55 casos de coronavírus confirmados e 1 uma morte causada pela doença, Goiás já tem transmissão comunitária do vírus. Ou seja, quando não é possível identificar onde ocorre o contágio. A explicação foi dada pelo secretário estadual da Saúde, Ismael Alexandrino, durante entrevista ao vivo, via internet, no Jornal Anhanguera deste sábado (28/3).
De acordo com ele, no estado de Goiás, como um todo, já é possível considerar a transmissão comunitária, uma vez que o número de casos está ficando expressivo. “Antes era o local, agora está ficando na comunidade. Qualquer pessoa que está próxima de nós, mesmo que assintomática, pode estar com o vírus”, explicou o secretário.
Sobre o aumento de casos confirmados no estado, Ismael Alexandrino explicou que esse aumento já era esperado e que a tendência, ao longo das próximas semanas, é aumentar ainda mais tanto os casos suspeitos quanto os confirmados. “A curva ainda está em baixo, ainda não ocorreu o aclive”, declarou.