Já está preparado para receber os pacientes infectados pelo novo coronavírus o hospital de campanha HCamp, antigo Hospital do Servidor. O hospital, que está localizado no Parque Acalanto, em Goiânia, dispõe de 222 leitos que serão liberados de acordo com a demanda. A disponibilização do hospital para atendimento exclusivo para pacientes com a Covid-19 é uma das formas que o governo de Goiás encontrou para evitar o colapso do sistema de saúde durante o pico da transmissão do vírus.
A unidade é gerenciada pela Organização Social Gerir, sob a coordenação da Secretaria Estadual de Saúde (SES), e foi destinado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) para receber os pacientes com coronavírus que precisem de internação. O HCamp já possui insumos e mobiliário, e os cerca de 400 profissionais que trabalharão na unidade já atuam em situação de realidade, simulando atendimentos.
O atendimento ao paciente que chegar à unidade com Covid-19 funcionará da seguinte forma: primeiro, o paciente fará uma ficha na recepção e, logo em seguida, será encaminhado a um dos 16 consultórios, que funcionarão no sistema fast track, para reduzir o tempo de espera no pronto-socorro. Na emergência, o hospital possui 22 leitos, sendo dez completos, com respiradores e monitores.
Os principais envolvidos no atendimento estarão equipados de toda a vestimenta, para garantir a preservação de riscos à saúde. Informou que o atendente usará uma máscara protegendo uma outra máscara, uma N-95, um óculos de proteção, um gorro e um capote e uma sapatilha unissex da própria unidade.
Caso haja a necessidade de exames, eles serão feitos na própria unidade, que tem duas máquinas para tomografia computadorizada, otimizando os exames de imagem e a devida higienização. Depois dos primeiros atendimentos, os pacientes serão encaminhados para a sala de decisão, onde receberão o diagnóstico de alta ou internação. Eles ficarão a dois metros um do outro.
Leitos de UTI para pacientes com coronavírus
Nas Alas 1A e 1B do HCamp existem 40 leitos de apartamentos individuais. Nas 2A e 2B estão as enfermarias, com duas camas em cada quarto, onde vão ficar internados apenas pacientes com as mesmas doenças.
Para tratamento de terapia intensiva (UTI) estão destinados 30 leitos, sendo dez individuais e os restantes ficarão em salões. Os isolamentos das UTI são de pressão negativa, com sistema de ar condicionado reverso, que é um sistema que suga o ar e não o deixa escapar para fora do leito.
De acordo com o diretor-geral do HCamp, Guillermo Sócrates, há a expectativa de que o doente fique pouco tempo no hospital. “A passagem tem de ser rápida e muito menos que a sala fique cheia. Se ele for uma forte suspeita, desenhamos que esse paciente suba para uma enfermaria de isolamento ou para um leito de terapia intensiva, também de isolamento”, afirmou.