Após o Ministério Público (MP-GO) e a Defensoria Pública de Goiás expedirem recomendações ao presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Benjamin Kennedy Machado da Costa, para que a frota de ônibus coletivo seja restabelecida de imediato, a companhia disse que estuda novas operações, sendo uma delas a disponibilidade de “carros reservas para operar em horário de pico e atender a demanda sem deixar plataformas com aglomeração de passageiros.”
O documento do MP, assinado pela promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, exige ainda que seja realizada higienização em todos os veículos ao início e final de cada viagem e, ainda, que os ônibus circulem de janelas abertas. Conforme o órgão, a recomendação deve ser imediatamente cumprida e as ações deverão ser informadas e comprovadas documentalmente à Promotoria de Justiça no prazo de 5 dias.
Já de acordo com a recomendação da DPE-GO, “se o volume de usuários do transporte diminui, mas a frota também diminui, os ônibus permanecerão lotados.” A CMTC tinha o prazo de 24 horas para resposta, desde a data de entrega da recomendação, o que ocorreu no dia 18.
CMTC diz que estuda ônibus reservas para horário de pico para evitar superlotação
Em resposta à recomendação da DPE-GO, a CMTC informou que atenderá o prazo de 72 horas para responder as questões levantadas. A nota diz ainda que “desde a semana passada está avaliando o sistema e as validações nele feitas para colocar nova operação do transporte em funcionamento e que atende determinações do governo estadual e do município de Goiânia para reduzir fluxo de pessoas no transporte público, e em locais de maior aglomeração.”
Leia na íntegra:
A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos- CMTC- informa que recebeu a notificação da Defensoria Pública e que atenderá o prazo de 72 horas para responder as questões levantadas pela justiça e também as determinações que constam no documento.
A CMTC adianta que tem acompanhado o trabalho de limpeza com desinfecção da frota de ônibus que opera em Goiânia e mais 18 municípios integrados, procedimento feito nas garagens e de forma reforçada, e também nos terminais quando o ônibus aguarda por uma nova viagem. Nos terminais, as concessionárias também disponibilizaram sabão e papel toalha nos sanitários para que o usuário possa fazer a higienização das mãos.
A CMTC esclarece que desde a semana passada está avaliando o sistema e as validações nele feitas para colocar nova operação do transporte em funcionamento e que atende determinações do governo estadual e do município de Goiânia para reduzir fluxo de pessoas no transporte público, e em locais de maior aglomeração. Um Comitê Técnico foi criado para estabelecer as ações e reúne a CMTC, o consórcio Redemob e as empresas concessionárias.
A nova operação prevê carros reservas para operar em horário de pico e atender a demanda sem deixar plataformas com aglomeração de passageiros. Desde ontem, a CMTC percebeu que mais de 90% das viagens realizadas não tiveram a capacidade total de pessoas sentadas registrada, somente horários de pico e em linhas mais pesadas a CMTC fez ajustes para que não houvesse carregamento acima do que é considerado seguro, e as empresas fizeram adequações para que a equipe de motorista atenda o planejamento. Diante do quadro de quarentena e dos grupos de risco, as concessionárias deram férias aos funcionários com mais de 60 anos e com doença crônica. Situação de logística das empresas e que já foi solucionada.
Ainda sobre a operação, a CMTC verificou problemas nos terminais Araguaia, Bandeiras, Praça A, Praça da Bíblia e do Cruzeiro e que foram sanados. Recebemos também denúncias que não procedem, com erros de operação em linhas que não operam em terminais citados pelo reclamante. A CMTC solicita que neste momento de ordenamento da operação, com ajustes para atender a demanda que ainda circula pela cidade, via transporte público, a informação distorcida não seja disseminada.
A CMTC solicita ainda que o cidadão que não precisar usar o transporte público permaneça em casa como colaboração a não propagação do coronavírus. A suspensão de todas as gratuidades contribuirá para a retirada de passageiros do sistema. A CMTC tem informações de que o benefício ainda é usado por essa parcela da população. Fazendo uma comparação entre demandas registradas no dia 10 de março (terça-feira) e dia 17 (terça-feira) houve redução de APENAS 41,72% de gratuidades. A CMTC entende ainda que a transmissão desse vírus permanece controlada, haja vista que os casos relatados, até o momento, são importados, e que a garantia da não propagação desse vírus é exatamente a não oferta do transporte público coletivo como feito nos países mais afetados pelo coronavírus como a China e a Coréia do Sul, que evitaram danos maiores aos usuários suspendendo o serviço de transporte Coletivo.
CMTC em resposta ao MP-GO:
Em relação ao MP-GO, a CMTC diz que acompanha o impacto das medidas adotadas pelas empresas. “A CMTC fez ajustes para que não houvesse carregamento acima do que é considerado seguro, e as empresas fizeram adequações para que a equipe de motorista atenda o planejamento”, reforça o órgão.