Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) concluiu, em relatório, que fortes chuvas causaram a morte de peixes registrada em 3 de fevereiro, no Rio Vermelho, em Aruanã. O documento descartou hipótese de contaminação da água por elementos químicos danosos, pesticidas e agrotóxicos.
Apesar disso, dez dos 99 parâmetros mensurados nos testes do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo) apresentaram inconformidade com diretrizes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em amostra colhida.
Após chuvas fortes, o parecer também aponta que a decomposição da matéria orgânica acentuou a diminuição do oxigênio presente na água, gradativamente. O líquido chegou a níveis abaixo do aceitável para a presença da vida aquática.
A titular da Semad, Andreia Vulcanis, informa que tanto as chuvas que caíram em janeiro e fevereiro quanto a cheia do rio foram “as maiores dos últimos três anos”. Como efeito, a inundação de áreas de pastagem que “não chegavam a ser alagadas em tempos recentes”.
A ausência de mata ciliar em diversos pontos fez com que a cheia carregasse material dos pastos para a água do rio, de acordo a secretária. Por isso, ela defende a necessidade da preservação da vegetação nativa das áreas mencionadas.
Não há previsão de normalidade nos níveis de oxigênio dissolvido na região. Saneago deve realizar novas análises na próximas semanas.
Suspeita inicial da morte de peixes era contaminação por excesso de material orgânico
A Saneago confirmou, através de nota, que o resultado da análise com a água coletada no rio Vermelho “aponta uma quantidade excessiva de matéria orgânica nas amostras”. Todavia, os resultados descartam a presença de contaminantes por poluentes químicos.
A análise foi feita após aparecimento de vários peixes mortos no rio Vermelho, no início de fevereiro. O Batalhão Ambiental da Polícia Militar verificou que vários peixes estavam morrendo no Posto das Araras e na foz do Rio Vermelho, com o Rio Araguaia. O grupo registrou a ocorrência e encaminhou para a Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema). A denúncia ambiental foi realizada pelos próprios moradores locais.