O ex-deputado federal e ex-presidente do PTB de Goiás, Jovair Arantes, é um dos alvos da Operação Gaveteiros, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (6/1) para apurar desvios de recursos públicos do então Ministério do Trabalho entre os anos de 2016 e 2018, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer.
Segundo informações preliminares, Jovair Arantes, um dos alvos da Operação gaveteiros, teve pedido de prisão negado pela Justiça. De acordo com a PF, os desvios aconteceram entre os anos de 2016 e 2018, durante o governo Temer, e ultrapassam os R$ 50 milhões.
Operação Gaveteiros, que tem como um dos investigados ex-deputado Jovair Arantes, apura desvio de valores do então Ministério do Trabalho
A Operação Gaveteiro, para apurar o desvio de valores do então Ministério do Trabalho, por meio da contratação de uma empresa do ramo da tecnologia da informação, em Brasília e em mais cinco Estados.
Policiais federais dão cumprimento a dois mandados de prisão preventiva e a 41 mandados de busca e apreensão, em endereços situados no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se ausentarem do País.
As investigações, iniciadas em razão de relatório da Controladoria Geral da União (CGU) apontam que a contratação da empresa foi apenas o subterfúgio utilizado pela Organização Criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar, entre os anos de 2016 e 2018, mais de cinquenta milhões de reais do órgão. O objeto da contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
As informações são da Polícia Federal.
A reportagem do Dia Online segue tentando contato com o ex-deputado Jovair Arantes. O espaço permanece aberto para manifestações.