Uma base militar localizada em Anápolis, a 60 quilômetros de Goiânia, pode receber cerca de 40 brasileiros que virão da China fugindo do surto de coronavírus. A informação foi adiantada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, ao UOL. Segundo ele, ainda não há confirmação mas existe uma “sinalização muito forte” para o município goiano.
Conforme o UOL, o governo federal planeja enviar ainda nesta segunda-feira um texto para o Congresso que visa regulamentar a quarentena sanitária no Brasil. O objetivo visado pelo governo é obter respaldo jurídico para deixar isolados em território nacional os brasileiros que devem vir da China fugindo do coronavírus.
Lorenzoni já discutiu nesta manhã o envio do projeto de lei sobre quarentena com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e, desde ontem, o governo costura com ele e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), como será o texto, já que, até o momento, não existe regulamentação sobre o assunto no Brasil.
O ministro da Casa Civil estimou em até 40 o número de repatriados, e também comentou sobre a base militar para onde os brasileiros deverão ser enviados. “Temos uma sinalização muito forte para Anápolis (Goiás)”, afirmou, ao lembrar que a área “trabalhou com isolamento” em 1987. “Mas não tem nada definido ainda. Há outras alternativas, inclusive no Sul do Brasil.”
Quarentena contra coronavírus em Anápolis para brasileiros vindos da China ainda não está definida; avião da FAB fará a busca
Em entrevista dada hoje a uma rádio, o ministro da Casa Civil afirmou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) buscará o grupo de brasileiros “no máximo na terça-feira” após uma escala em Israel. Segundo o ministro, “nesta manhã, entrou em nosso sistema uma proposta de medida provisória do Ministério da Saúde”. “Nós vamos acelerar a apreciação para, à tarde, ela já estar pronta.”.
“A gente colhe a assinatura (do presidente), dá entrada hoje, e amanhã ela deve ser votada na Câmara, em regime de urgência, e, na quarta, no Senado”, disse.
Lorenzoni disse ainda que tem certeza de que a Câmara e o Senado trabalharão para agilizar, se precisar votar uma lei em regime de urgência. “Também se o governo precisar editar uma medida provisória. É uma decisão estratégica e se o presidente precisar, terá nosso total e irrestrito apoio. Mas acho que não precisa chegar a esse ponto”, disse.