A Polícia Civil conseguiu elucidar na última quarta-feira (22/1) um caso de falso sequestro ocorrido em Aparecida de Goiânia, em que uma mulher forjou toda a situação para poder receber da família o valor do resgate. A família da falsa vítima chegou a receber vídeos da mulher sendo torturada com tapas, murros e chutes, além de sessões de afogamento.
O caso foi investigado e esclarecido pelo 5º DP de Aparecida de Goiânia e da Delegacia de Guapó, coordenadas, respectivamente, pelos delegados Carlos Levergger e Arthur Fleury. Conforme informações obtidas na apuração, a mulher, uma vendedora de 26 anos, apareceu em vídeos enviados à família passando por várias sessões de tortura.
Nas imagens, segundo a Polícia Civil, os sequestradores exigiam valores em espécie para a liberação, caso contrário ameaçavam executar a vítima. Em diligências imediatas e compartilhamento de informações, a vítima foi colocada em liberdade, na cidade de Guapó, na região Metropolitana de Goiânia.
Entretanto, o caso grave de sequestro na verdade não era tão grave assim. Na delegacia, a mulher assumiu ter simulado todos os fatos para receber valores dos familiares como forma de pagamento do resgate. Ela foi autuada em flagrante por extorsão consumada, crime previsto no art. 158 do Código Penal, com pena de até 10 anos de reclusão.
Ainda conforme a polícia, a mulher possui um histórico de furto qualificado.
Em outro caso de falso sequestro, mulher fez live no Facebook
No ano passado, uma mulher foi presa após forjar um sequestro em Rio Verde e transmitir por meio de uma live no Facebook. Além de forjar o sequestro, Herlândia Nunes Rodrigues, de 26 anos, tentou matar o jovem “contratado” para fazer o sequestro, que segundo ela teria invadido a casa dela para roubar a residência.
Não são só as comunicações de falsos sequestros que pesam no histórico de Herlândia, a “refém de Taubaté”. Segundo o delegado Danilo Fabiano, em 2010, quando Herlândia tinha 17 anos, ela foi condenada a cumprir medidas socioeducativas após matar o próprio cunhado envenenado.
Na época, ela chegou a ter ajuda de sua irmã.