Foi apresentada nesta sexta-feira (17/1) a reforma administrativa da Universidade Estadual de Goiás (UEG), que prevê uma série de mudanças na instituição, como o reordenamento de atuais 41 campus para apenas oito. Com o remanejamento, o governo de Goiás esclareceu que “não há fechamento de nenhum campus/unidade universitária”, uma vez que as demais 33 unidades são mantidas e passam a ser ligadas a um desses campus, de acordo com a região.
A apresentação das mudanças foram apresentadas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e o reitor da universidade, Rafael Santana. Conforme comunicado, “Campus e Unidades Universitárias passam a tratar questões de gestão regional. Discussões de cunho acadêmico se dão no âmbito dos Institutos Acadêmicos.”
Os campus ficarão organizados da seguinte forma: Campus Metropolitano; Campus Central; Campus Norte; Campus Nordeste; Campus Cora Coralina; Campus Leste; Campus Sudoeste; e Campus Sudeste.
Foi comunicada ainda a criação de 5 Institutos, sendo eles: Instituto Acadêmico de Educação e Licenciaturas; Instituto Acadêmico de Ciências da Saúde e Biológicas; Instituto Acadêmico de Ciências Tecnológicas; Instituto Acadêmico de Ciências Sociais Aplicadas; Instituto Acadêmico de Ciências Agrárias e Sustentabilidade.
Após reforma administrativa, UEG passará por reforma acadêmica e pedagógica
Também será criada uma coordenação para cada curso da UEG, sendo que o coordenador contará com apoio dos Coordenadores de Curso Setoriais que resolvem as questões do dia a dia nas localidades em que o curso é ofertado. O colegiado do curso é composto pelos Coordenadores de Curso Setoriais e presidido pelo Coordenador de Curso Central. A função do grupo será debater as necessidades do Curso como um todo e como ele pode ser adaptado de acordo com cada realidade local em que é ofertado.
O reitor explicou que os cargos direção serão ocupados por professores efetivos da UEG, eleitos em lista tríplice, que vão poder dar feedback à reitoria quanto às reais necessidades dos cursos vinculados aos seus Institutos, que estarão situados, geograficamente, na Administração Central, a fim de evitar disputas políticas internas no âmbito da Universidade.
Outra mudança em relação aos cursos, é que eles não podem mais ser abertos por decisão unilateral do reitor e somente após deliberação do CsU e manifestação do Conselho de Gestão. Para que uma nova modalidade seja aberta, deve também demonstração de corpo efetivo docente.
De agora em diante, de acordo coma reforma, os editais passarão a ter carga horária fixa, de 40h, 30, 20h e 10h. Foram demitidos todos os temporários irregulares e haverá uma limitação de contratos temporários, seguindo determinação do Tribunal de Justiça, em resposta à ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público.
Em relação ao CsU, a estrutura será mais enxuta, passando de 72 para 42 membros. A escolha de representantes de docentes; servidores e alunos será feita com voto direto.
De acordo com Caiado e Santana, o processo de restruturação e reforma administrativa da UEG foi concluído e já abre espaço para uma reforma acadêmica e pedagógica, que ocorrerá durante os próximos 10 meses.