Depois da eleição antecipada de Lissauer Vieira (PSB) para a presidência da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para o biênio 2021-2023, a Casa agora se preparara para escolher para o mandato que vai até o final de 2020 o terceiro vice-presidente da Mesa Diretora. Dos candidatos cotados, a deputada Delegada Adriana Accorsi (PT) conta com boa parte do apoio dos parlamentares e pode sair na frente. Caso seja eleita, Accorsi será a primeira mulher a ocupar uma vice-presidência na Alego desde a última, no início da década de 1990.
A eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio da 19ª Legislatura ocorreu na última quarta-feira-feira (30/10). Já a escolha do terceiro vice-presidente, que ocupará o ‘mandato tampão’, pode acontecer já na próxima terça-feira (5/11).
Além de Adriana Accorsi, os deputados Paulo Cezar Martins (MDB) e Wagner Camargo Neto (Pros) foram apresentados para o cargo, com posse imediata. Humberto Aidar (MDB) também apresentou seu próprio nome, mas recuou da candidatura já que, se eleito, teria que deixar a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
A base está articulando para o consenso em torno de um único nome que possa ter força para ser eleito com folga. Conforme apurado por um veículo local, várias candidaturas acabam por favorecer a eleição da Delegada Adriana Accorsi, que conta com o apoio da maioria dos parlamentares.
“É imprescindível ter representatividade feminina” na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Goiás , diz Adriana Accorsi
Adriana Accorsi, que teve o nome lançado pela deputada Lêda Borges (PSDB), falou ao Dia Online sobre suas expectativas. De acordo com ela, ter uma mulher na Mesa Diretora é de suma importância. “É imprescindível ter a representatividade feminina [na Mesa Diretora]. Faz 30 anos que nenhuma mulher ocupa a vice-presidência da Alego”, comenta, em referência a Cleuzita Assis, a última mulher a ser eleita vice-presidente na Mesa Diretora, no início da década de 1990.
A deputada Adriana Accorsi, que também é policial civil e atuou como delegada por quase 20 anos, revelou que sente certa resistência por parte do governo diante da possibilidade de se ter um nome da oposição ocupando uma cadeira na Mesa Diretora da Alego.
“Parece que o Caiado não aceita oposição na Mesa. Mas eu quero crer que o governador não vai se opor à minha presença [como terceira vice-presidente]”, disse a deputada.
Quanto à sua atuação na Casa de Leis, Adriana se classifica como uma oposição responsável e séria. “Não somos oposição por ser. Agimos com seriedade, e votamos favoravelmente projetos do governo que julgamos pertinentes”, ponderou.