O presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Marcos Elias Moreira, terá de devolver mais de R$ 168.000,00 para os cofres da Universidade Estadual de Educação (UEG) se comprovada a ilicitude do “mensalinho” recebido como Coordenador Pedagógico do Programa Nacional do Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Marcos e mais uma miríade de protegidos do ex-reitor da UEG, Haroldo Reimer, recebia mensalmente R$ 7.000,00 a título de “bolsa” sem, supostamente, dar qualquer contraprestação de serviços para a universidade.
Em março deste ano, o Dia Online revelou com exclusividade que sob a gestão de Reimer a UEG pagou cabos eleitorais para Marconi Perillo e para o PSDB através desse mensalinho do Pronatec. Marcos Elias Moreira, que na época já era presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), não se fez de rogado ao supostamente receber o mensalinho sem qualquer preocupação e por isso precisará devolver o montante agora para a UEG, que por sua vez terá de restituir o caixa do Pronatec.
Quando Haroldo Reimer, o pastor luterano de ascendência germânica, mandou distribuir os agrados com dinheiro do Pronatec ele sonhava com a manutenção do status quo que sustentava ele e seus apaniguados. Somente os protegidos do establishment tucano recebiam o mensalinho, como o próprio pastor alemão Reimer (também acoimado “Altíssimo”), Juliana Almada (a des-Almada), sua chefe de gabinete; diretores de unidades e outros da alta catrevagem empenhada em manter o poder nas mãos tucanas.
Do grupo envolvido em esquema de “mensalinho”, Marcos Elias Moreira é o único que se mantém no CEE
Juliana foi a primeira a pedir arrego e caiu fora. Reimer saiu quando a chapa esquentou e deixou seu pupilo, Ivano Devilla, como substituto até que esse também não segurou a interinidade e achou que sairia por cima renunciando.
Marcos Elias Moreira é o último remanescente desse grupo que ainda se mantém em alta, ocupando a presidência do Conselho Estadual de Educação, mesmo tendo em seu encalço o Ministério Público que investiga o mensalinho de R$ 7.000,00 sem que tivesse direito e agora a UGE que quer o dinheiro de volta para restituir o Pronatec, por seu turno. O que supostamente recebeu a título de “mensalinho” do Pronatec daria pra comprar um Mercedes Bens C-180 estalando de novo, coisa que a maioria dos seus pares no CEE jamais sonharia e que ele recebeu sem prestar qualquer serviço para a UEG.
A reportagem procurou o presidente do CEE para se pronunciar sem sucesso.