Uma perícia foi realizada na tarde desta segunda-feira (16/9), no Parque Altamiro de Moura Pacheco, conhecido como Parque Ecológico de Goiânia, para apontar onde o fogo começou, se foi provocado e quem pode ser o autor. A ação foi realizada pelo Corpo de Bombeiros de Goiás (CBMGO), juntamente com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA) e a Polícia Técnico-Científica.
O incêndio que atingiu o Parque Ecológico teve início do último sábado (14/9), no Residencial Vale dos Sonhos, às margens da BR-153. Devido ao tempo seco, vento forte e baixa umidade do ar, o fogo se espalhou e ainda atingiu o Parque Estadual do João Leite. De acordo com o Corpo de Bombeiros, ao menos mil hectares foram destruídos pelas chamas. Nesta segunda-feira (16/9), último dia de trabalho, 79 militares e oito viaturas atuaram nos parques.
Além do prejuízo ambiental, a fumaça e o fogo próximos às estradas podem provocar acidentes graves e mortes. O CBMGO alerta que queimadas em qualquer tipo de vegetação podem acarretar inúmeros problemas a saúde, e além disso, provocar incêndio em mata ou floresta é crime. A pena, prevista na Lei 9.605/98, é de reclusão de dois a quatro anos, e multa.
Incêndios em Goiás
Segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas no país tiveram alta de 82% em relação a 2018. Somente em Goiás, de janeiro a agosto, foram registradas em agosto 2.226 ocorrências de incêndio. O número é alarmante e 25% maior em relação ao mesmo período do ano passado.
As altas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar e longo período sem chuvas elevam o risco de incêndios no estado. Segundo alerta de perigo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a umidade relativa do ar varia entre 20% e 12% em Goiás. O ideal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que ela varie entre 50% e 80%.