Um curto-circuito em uma rede elétrica provocou um grande incêndio na vegetação de uma fazenda na zona rural de Aurilândia, a 149 quilômetros de Goiânia. O fogo teve início por volta das 12h desta quinta-feira (5/9)e, segundo expectativa dos bombeiros, deve ser controlado nesta sexta-feira (6/9).
Segundo o proprietário, tudo começou com faíscas provenientes dos curtos-circuitos; rapidamente as chamas se espalharam pelo pasto, devido ao tempo seco. De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Luís dos Montes Belos, que atuou na ocorrência, os militares utilizaram, abafadores, bombas costais, sopradores e ferramentas de sapa para apagar as chamas.
Também foram adotadas várias técnicas para o combate, como aceiros feitos com máquinas, combate direto e fogo contra fogo. Três viaturas e seis bombeiros combatem o incêndio no local.
Incêndios em Goiás
Nos primeiros 20 dias do mês de agosto, foram registradas 1.320 ocorrências de queimadas em áreas de vegetação em Goiás. O número é alarmante e 25% maior em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro até agora, o Corpo de Bombeiros atuou em 5.452 pontos de incêndio. Na maioria dos estados brasileiros, o número de focos de incêndios já é o maior dos últimos quatro anos.
De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com com base em imagens de satélite, as queimadas no país tiveram alta de 82% em relação a 2018. Entre janeiro e agosto do ano passado foram computados 39.194 focos; no mesmo período deste ano, o número de ocorrências chega a 71.497.
As altas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar e longo período sem chuvas elevam o risco de incêndios no estado. Segundo alerta de perigo do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a umidade relativa do ar varia entre 20% e 12% em Goiás. Há risco de incêndios florestais e à saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. O ideal, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que ela varie entre 50% e 80%.