Um homem foi linchado até a morte por vizinhos depois de esfaquear e matar a ex-mulher. O casal foi encontrado morto na manhã deste domingo (1º/9), no Paranoá, no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, eles estavam separados há três meses, depois de dez anos de relacionamento. Eles deixaram sete filhos, com idades entre 3 e 11 anos.
O crime, tratado como feminicídio seguido de homicídio, ocorreu próximo à região do Café Sem Troco, na área rural do Paranoá. Aneilton Vitorino da Silva, de 29 anos, matou a ex-mulher Roseli Sousa Santos, de 33 anos, a facadas.
Informações preliminares apontam que o casal estava em um festa de aniversário e começaram a discutir. A briga terminou com a morte dos dois. Segundo levantamento da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Aneilton e Roseli foram casados por dez anos, mas estavam separados há cerca de três meses.
Populares revoltados lincharam agressor até a morte
Após matar Roseli, Aneilton foi detido por populares, revoltados com o crime, e linchado até a morte. De acordo com os investigadores, ele foi agredido com socos, pontapés e tijoladas. Dois dos moradores já teriam sido identificados. A PCDF continua procurando por demais envolvidos no linchamento.
Familiares de Roseli relataram aos policiais que ela sofria constantes agressões por parte do ex-companheiro. Mesmo orientada a denunciar, ela não registrou nenhuma ocorrência por não acreditar nas ameaças que ele fazia. Eles deixaram sete filhos pequenos.
Medidas protetivas
De acordo com dados do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), subiu em mais de 50% o número de pedidos de medidas protetivas relacionadas à Lei Maria da Penha neste ano, em relação a 2017. Até os primeiros dias de agosto, foram protocolados 9.070 pedidos.
Em 2017, foram solicitadas 10.377 medidas durante todo o ano, o que significa que a média mensal, em 2017, era de 864 pleitos, contra 1.042 em 2018 e 1.295 nos primeiros meses de 2019.