A Juíza Rosângela Rodrigues ouviu nesta terça-feira (20/8) seis testemunhas nos processos que apuram o crime de violência sexual contra João de Deus. O réu responde por acusação de estupro de vulnerável e por violação mediante fraude contra mulher.
Desde a prisão, o médium nega que tenha abusado sexualmente de mulheres e adolescentes que procuravam atendimento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
João de Deus foi liberado e não compareceu a audiência. Segundo o advogado Anderson Mendonça ”ele não participou porque o estado de saúde dele não permite o deslocamento de Aparecida de Goiânia para Abadiânia. Ele sofreu inúmeras quedas, perdeu 17 kg em 45 dias”.
O advogado ainda afirmou que o processo corre em segredo de justiça e não pode revelar detalhes sobre as testemunhas. “Posso dizer apenas que são pessoas que frequentam a casa há 10, 20, 30 anos e que atestaram que nunca viram nenhum tipo de situação que o vincule a abuso sexual”, afirmou Anderson Mendonça.
Processos que João de Deus responde
O Ministério Público de Goiás ofereceu 11 denúncias contra João de Deus, sendo elas: Cinco por crimes sexuais; uma por crimes sexuais, corrupção de testemunha e coação; uma por crimes sexuais e falsidade ideológica; duas por posse ilegal de armas de fogo e munição.
João de Deus foi preso no dia 16 de dezembro de 2018, em março ele ficou internado por mais de dois meses em um hospital de Goiânia e no dia 6 de junho a Justiça determinou que ele voltasse ao presídio.
A defesa de João de Deus vem tentando que ele seja transferido para prisão domiciliar, mas todos os pedidos foram negados, o mais recente aconteceu no dia 8 de agosto.
No pedido de prisão preventiva, ao qual a TV Anhanguera teve acesso, relata que o médium tinha um comportamento padronizado nas agressões sexuais, “se aproveitava” de “mulheres fragilizadas” criando uma “atmosfera intimidatória” e que houve até “penetração”.