Acontece nesta terça-feira (13/8), a partir das 15h na Praça Universitária, em Goiânia, a paralisação da educação, que deve reunir milhares de educadores, alunos e mais envolvidos com os assuntos da classe. O ato está previsto para acontecer em todas as capitais do Brasil.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), a paralisação nacional tem como objetivo principal estabelecer um dialogo e levar informação a todos sobre os cortes das verbas para o setor de educação. No entanto, os manifestantes também vão protestar contra a Reforma da Previdência, que segundo o sindicato, afeta todas as classes.
Segundo a comunicação do sindicado, os educadores não pretendem desistir e vão continuar com os protestos até que algum resultado positivo seja obtido. Além disso, o sindicato da classe recebe apoio de diversos órgãos envolvidos com educação no estado de Goiás.
Ainda de acordo com informações do Sintego, a concentração começará na Praça Universitária as 15h e contará com algumas apresentações culturais. Logo em seguida, os manifestantes devem seguir um trajeto até a Praça do Bandeirante. Por fim, todos se reunirão na Praça Cívica, às 17h.
Escolas
Sobre a adesão a manifestação, a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) informou que “mais de 60% das instituições de ensino municipais estão em funcionamento nesta terça-feira, 13, e que cerca de 25% estão com as atividades totalmente paralisadas”. A SME ainda destacou que cada instituição de ensino tem autonomia para aderir ou não às paralisações propostas pelos sindicatos, porém deve cumprir a obrigatoriedade dos 200 dias letivos, devendo fazer a reposição das aulas posteriormente em calendário.
Em relação as escolas estaduais, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc), esclareceu que “esse tipo de manifestação é um direito garantido pela Constituição Federal e, portanto, só cabe à Seduc Goiás respeitar aqueles que decidiram aderir à paralisação”. A Seduc informou ainda que, até o momento, não recebeu informações de adesão das escolas estaduais e que, portanto, as aulas do período vespertino estão mantidas sem nenhuma alteração.
Paralisação da Educação esta prevista para acontecer em todas as capitais do Brasil
A nível nacional, esta é terceira vez neste ano que estudantes, professores e servidores da educação vão às ruas para reivindicar direitos e protestar contra projetos do Ministério da Educação, na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em geral, na pauta de reivindicações está incluído a rejeição aos bloqueios à educação promovidos durante esta gestão e também ao programa Future-se, que foi lançado recentemente com o objetivo que receber incentivo privado para as universidades federais.
Desde o começo de 2019, a pasta da Educação já sofreu 6,1 bilhões de reais em bloqueios, de um orçamento total previsto de 25 bilhões de reais. O corte mais recente foi de 348,4 milhões de reais, destinados à produção, aquisição e distribuição de livros e materiais didáticos e pedagógicos para a Educação Básica.