Alguns presos do Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia ameaçaram iniciar uma greve de fome nesta segunda-feira (5/8) com o objetivo de reivindicar direitos. A manifestação estava prevista para iniciar durante a tarde, mas os presos decidiram adiar e esperar uma reunião com o promotor de justiça, Marcelo Celestino, do Ministério Público de Goiás (MPGO).
O promotor, ainda na tarde desta segunda-feira, realizou uma inspeção no Núcleo de Custódia e colheu as solicitações dos detentos que participavam do ato. De acordo com Marcelo, duas das reivindicações já constam na ação civil pública que ele protocolou.
Trata-se do tempo de permanência de detentos na unidade e o retorno dos mesmos para o presídio de origem. Caso a ação seja aceita, os presos em punição disciplinar ficarão apenas 30 dias no Núcleo de Custódia.
Ainda segundo o promotor de justiça, os outros pedidos como o aumento do tempo de visita de seus familiares e o banho de sol dos detentos serão conversadas com o diretor da unidade. Sobre as reclamações da qualidade da alimentação do local, a empresa que fornece os alimentos para o presídio será chamada para negociar possíveis melhorias no cardápio.
DGAP
Para esclarecimento sobre as ameaça de greve, a direção do Núcleo de Custódia, unidade localizada no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e pertencente à Superintendência de Segurança Penitenciária (Susepe) da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), informou que foi normalizada a situação envolvendo a recusa de alimentação por presos do local, ainda na noite desta segunda-feira (5/8). A direção ressalta que as reivindicações realizadas pelos custodiados da unidade ao Ministério Público estão sendo tratadas junto ao Poder Judiciário.
Em julho, Núcleo de Custódia de Aparecida recebeu mais seis presos de Jaraguá
Seis presos foram transferidos de Jaraguá para o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, em julho deste ano, por indisciplina.
Os Núcleos Especiais de Custódia, são Unidades Prisionais de segurança máxima pertencentes a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e, destinadas a receber detentos provisórios e condenados, estrangeiros e nacionais. A medida é tomada como forma de punição.