Varley Ramos da Costa, que foi deportado dos EUA no ano passado e acusado de ser o mandante do assassinato de Luciano Carvalho Couto, passou por júri popular nesta segunda-feira (5/8) e foi inocentado das acusações.
O crime aconteceu em 2005, quando dois homens chegaram em uma motocicleta e efetuaram alguns disparos contra a vítima em frente a sua casa. A dupla nunca foi identificada e localizada.
O julgamento durou um pouco mais de oito horas e foi presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que pediu a liberdade de Varley imediatamente. Ele estava preso desde outubro de 2018.
Decisão
De acordo com a sentença, não há provas concretas que comprovem que Varley foi o mandante do crime. Na época o Ministério Público protocolou uma denúncia que dizia que a mulher de Varley chegou a alertar alguns familiares da vítima de que o esposo teria sido o mandante do assassinato. O inocentado, por sua vez, sempre negou essa afirmação.
Assim como o caso do deportado dos EUA, homem é inocentado após quase cinco anos preso
Foram quase cinco anos de detenção para que Antônio Cláudio Barbosa de Castro fosse inocentado da acusação de estupro de vulnerável.
Ele estava preso no Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis), no Ceará, após ser condenado a nove anos de reclusão. A revisão do caso foi feita pelos desembargadores das Câmaras Criminas do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
Na época as alegações contra Antônio eram fracas, mas mesmo assim o processo teve continuidade e a condenação foi efetuada. Os desembargadores então consideraram a fragilidade das provas e ainda acrescentaram que outras mulheres foram feitas vítimas mesmo após a prisão de Antônio e as características dadas eram parecidas com a fisionomia dele.
O caso foi revisado graças a ajuda do Innocence Project (IP) Brasil, que foi procurado pela família e uma ex-namorada de Antônio, que alegavam a inocência do mesmo.