A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga um corretor de imóveis, de 35 anos, suspeito de aplicar golpes em ao menos dez clientes, donos de imóveis no Parque Amazônia, bairro da região Sul de Goiânia, por meio de contratos de locação. Estima-se que o homem tenha causado prejuízo de R$ 65 mil.
De acordo com as investigações, realizadas pela 13ª Delegacia Distrital de Polícia, o suspeito, que não teve o nome revelado, atua como corretor na região do Parque Amazônia, captando e intermediando compra e venda de imóveis. O corretor, que não é devidamente inscrito em órgão regulamentador da profissão, ainda atuava, mediante contrato ou procuração, como administrador dos imóveis locados.
Corretor não repassava aos donos de imóveis o dinheiro das vendas ou locações
Segundo o delegado Anderson Pimentel, responsável pelas investigações, como administrador, o investigado tinha direito a uma porcentagem entre 5% e 10% nos contratos. Ele deveria repassar o restante do valor da locação ou venda aos proprietários, mas, desde janeiro de 2019, ele teria deixado de devolver o dinheiro.
Ao menos dez vítimas foram lesadas pelo corretor de imóveis. Somados, os prejuízos chegam aos R$ 65 mil. Para o investigador, outros proprietários de imóveis podem ter sido lesados. “Acreditamos que outras pessoas possam ter sido prejudicadas, mesmo que em outros bairros”, comentou Pimentel.
O corretor de imóveis se apresentou à autoridade policial espontaneamente, no dia 16 de julho, e confirmou ter prejudicado as vítimas. No entanto, ressaltou que pretende ressarcir os danos causados aos donos dos imóveis. Ainda de acordo com o delegado, ele deve responder pelo crime de estelionato, tipificado no artigo 171 do Código Penal (obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento).
Conforme Código Penal, se condenado, o home pode pegar pena de 1 a 5 anos de reclusão e multa. As investigações continuam.